CAPITULO 17: BASTA ME DAR UMA ARMA!

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Raios de sol, tudo bem?

Peço desculpas pelo atraso em publicar as atualizações, mas prometo fazer meu melhor nos próximos capítulos. 

Senti muita saudade de vocês nessa semana que fiquei fora, então interajam comigo nos comentários, eu amo falar com vocês!!! 

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AKK

Sábado - 09:34 AM

O porão de Hunt era quase como um quarto equipado contra ataques nucleares, havia prateleiras em três das quatro paredes e o chão era de um concreto tão antigo que havia pequenos buracos. Para substituir a luz do sol, lâmpadas tão fortes quanto holofotes iluminavam o cômodo, mas nem toda claridade do mundo poderia torná-lo menos assustador.

Akk sentiu o soco vindo em sua direção na mesma hora em que seu corpo caiu sob o chão. Um grito sôfrego deixou sua garganta, antecipando a dor que sequer chegou a atingi-lo no rosto. Sentiu uma dor aguda no cotovelo e um pequeno rastro de sangue marcou o concreto de vermelho. Ele encarou Hunt e mostrou o arranhão no braço, mas tudo que obteve em resposta foi um resmungo.

– Se você continuar fugindo do ataque não vai aprender nada!

Hunt se aproximou e ajudou o garoto a se levantar. Já estavam treinando há quase duas horas e Akk simplesmente não tinha compreendido os movimentos para desviar dos socos.

– O quê você espera que eu faça?– Ele bravejou e afastou as gotas de suor do rosto. – Eu nunca briguei com ninguém antes!

– Você pode nunca ter brigado, mas agora precisa saber se defender!

Hunt retirou as luvas protetoras que usava nas mãos e se jogou no sofá, simplesmente cogitando desistir de tudo. A situação do garoto era compreensível, não gostava de brigas e preferia o diálogo a lutas corporais. Mas na situação em que se encontravam, era questão de sobrevivência aprender o básico.

– Você ao menos sabe correr?

Hunt voltou ao conceito básico, se Akk não queria aprender a se defender e não sabia atacar, correr seria sua principal habilidade de fuga

– Sei!

– Então me mostre! – Ele bateu as mãos nos joelhos e tomou impulso para se levantar, em questão de segundos estava ao lado de Akk, que ainda estava segurando o braço machucado. – Quero que você corra daqui até o final do corredor!

– Por que você está me submetendo a esse sofrimento? Basta me dar uma arma! Não é esse o propósito? – Akk não entendia o por quê de todo aquele rodeio, se no final das contas, tanto ele quanto Hunt sabiam que Angel iria obrigá-lo a portar uma arma.

– Escuta aqui, Akk...

O amigo sempre foi muito calmo e paciente, mas aparentemente as circunstâncias o haviam mudado. Seus olhos pareciam refletir o que havia de mais obscuro no mudo, o que obrigou Akk a desviar o olhar e fitar o chão.

A mão pesada de Hunt tocou seu ombro e o garoto teve que fincar os pés no chão para não perder o equilíbrio. Algo naquele ato despertou o medo em Akk, mas não o medo do que Hunt poderia fazer com ele, mas da verdade que viria a seguir.

– Tudo o que eu estou fazendo é para o seu bem, garoto! Colocar uma arma nas mãos de uma pessoa que não sabe sequer desviar de um soco é a mesma coisa que enviá-la para a morte!

O Novato | AkkayanOnde histórias criam vida. Descubra agora