Cheguei exausto em casa. O dia foi cheio, muito trabalho para pouca gente. Joguei as chaves na bancada e desabotoei o meu paletó o jogando em cima do sofá, afrouxei a minha gravata e suspirei aliviado me sentindo um pouco mais leve, contudo, meu celular tocou e eu já imaginava que poderia ser do trabalho quando atendi com a voz irritada e cansada.
- Senhor Rafael Parker? - perguntou a voz incerta de Messias.
- Sim?
- É que chegou mais uma papelada de contratos importantes aqui, o que eu faço com eles? - revirei meus olhos.
- Deixe-os em cima da minha mesa ou me mande por email, tanto faz.
- Vou fazer os dois senhor. - ele tinha medo de mim? Por que parecia que ele tinha medo de mim?
- Eu vejo isso amanhã. E, Messias, não me ligue novamente após o trabalho a não ser que seja de extrema urgência. - eu estava estressado e por sabia que podia ter sido mais grosso do que o esperado.
- Claro senhor, me desculpe, isso não vai mais se repetir.
- Ótimo. - disse e desliguei.
Suspirei cansado e mal tinha percebido a presença feminina no canto fumando.
- Não imaginava que o senhor sorrisos podia ser grosseiro com alguém. - ela disse com um sorriso debochado nos lábios.
Automaticamente eu senti parte da tensão sumir de meus ombros.
- Eu só estou cansado, normalmente não sou assim. - ou pelo menos tento não ser.
- Claro, claro. - ela dizia sabendo que era mentira. - Mas eu te entendo Parker, o trabalho de administrar pode ser muito estressante mesmo que, aos olhos dos outros, pareça mil maravilhas.
Me sentei no sofá de frente para ela que estava sentada na poltrona.
- Não me falou sobre o que trabalha. - comentei e ela deu de ombros.
- Não é como se a gente realmente conversasse, Parker.
- Mas estou bem interessado em descobrir.
Por um momento, curto e quase imperceptível, pensei ter visto um brilho em seus olhos, como um palpitar.
-:Eu administro uma das boates de Colin, achei que já soubesse, costuma aparecer bastante por lá.
- Não ache que eu sou bobo, eu sei do histórico de Campbell e tenho certeza que nada é tão simples quanto parece.
- E por que acha que eu dividiria esse assunto com você? - ela cruzou as pernas chamando a minha atenção até as suas coxas e me fazendo ficar atordoado.
- Não achava. - engoli o seco evitando pensar no quanto Natália podia ser sexy. - Mas vale a pena tentar.
- Vale? Parece no mínimo perda de tempo.
- Nada é perda de tempo quando se trata de você, Natália.
Em um movimento rápido eu estava a sua frente, agachado à sua frente, mais especificamente a frente de suas pernas cruzadas. Toquei sua coxa exposta e percebi seus pelos se arrepiarem com o toque.
- O que pensa que está fazendo?
- Estou tentando abrir uma brecha.
Meus dedos massageiam suas pernas e com movimentos sutis vou abrindo suas pernas, ela vai deixando que eu abra suas pernas. O peito de Natália está acelerado, sua respiração descompassada, mas seu rosto parece impassível. Ela está tentando evitar, com todas as suas forças, mas está falhando miseravelmente.
Beijo a parte interna da sua coxa subindo os beijos molhados cada vez mais e a escutava gemer que soaram como melodias para mim, até que eu cheguei a sua intimidade e a beijei por cima do tecido da calcinha já molhada. Meus olhos subiram até Natália e a vi com os olhos fechados e os lábios entreabertos. Minhas mãos acariciaram novamente suas pernas e ela se moveu mais em minha direção, desejando mais.
Contudo, eu havia parado meus movimentos por ali, e ela percebeu, seus olhos se abriram e se recaíram sobre mim totalmente confusos.
- Por que parou? - ela perguntou com a voz falha.
- Por dois motivos: Em primeiro te deixar desejando o meu toque. - ela cerrou os olhos em minha direção.
- E o outro?
- Em segundo, não quero conquistá-la dessa forma.
Natália riu debochada.
- Não é o que você fez parecer durante esses dias.
- Não? - perguntei com um ar de desafio, fazendo com que ela se cale.
Em nenhum momento eu a seduzi, apenas manipulei seus sentimentos para que ela entenda que eles ainda estão lá.
- E tem mais uma coisa. - aproximei meu rosto do seu. - Quero que aceite o meu convite para ir a uma festa de gala comigo.
Natália começou a gargalhar e eu esperei até que ela parasse com seu teatrinho.
- É claro que não, por que você acha que eu iria com você?
- Eu não acho, mas meu convite vai estar sempre a sua disposição caso queira mudar de ideia, e sinceramente, acho que me deve uma.
O conflito era evidente no rosto de Natália, aposto que ela odeia a ideia de ficar me devendo por passar alguns dias em minha casa e aposto mais ainda que sua raiva direcionada a mim está crescendo cada vez mais. Porém, estou disposto a transformar toda a sua raiva em mais puro desejo, e esse é só o próximo passo.
Natália bufou irritada e se levantou com tudo indo embora para o quarto. É, estava saindo tudo nos conformes.
Me sentei no sofá, planejando qual seria o próximo passo e tive uma ótima ideia. Peguei o meu celular e digitei nele o número da pizzaria preferida de Natália. Como eu sei disso? Simples, ela pede essa pizza todo bendito dia, não sei como ela não enjoa. O entregador avisa que chegará em cerca de quarenta minutos e espero ansiosamente por isso.
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Fear and Love
RomanceNatália Jones sempre teve muitos problemas durante a sua vida, mas nada poderia derrubá-la. Tendo a coragem como sua proteção e não tendo medo de viver a vida do modo mais intenso, ela acaba conhecendo Rafael, um garoto até então desconhecido, mas q...