34

0 0 0
                                    

Volume 3

O sol bateu em meu rosto e eu, depois de alguns segundos, gemi e enfiei meu rosto no travesseiro macio. O sol estava aquecendo até as partes cobertas pelo lençol e eu sabia que não teria mais salvação, eu teria que acordar, mesmo que as minhas pálpebras pedissem por arrego de tão pesadas que estavam.

Só que o que eu não esperava ver era Rafael, com os olhos brilhantes sobre mim e um sorriso ladino fofo. Minhas bochechas rapidamente assumiram um tom de vermelho ao notar que ele estava me observando, mas coloquei minha melhor cara de travessa e mordi o lábio inferior.

- Esse negócio de olhar alguém dormindo parece um pouco psicopata. - murmurei com a voz ainda rouca.

- Mas pelas suas bochechas coradas, eu presumo que não tenha nada de psicopata nisso. - ele sussurrou de volta.

Rafael colou seu corpo no meu e segurou minha cintura apertando de leve, ele lambeu minha bochecha e eu resmunguei irritada, mas ele apenas riu e acariciou minha bochecha cheia de sua baba.

- Você é nojento Parker! - minha voz fraquejou ao dizer e isso só aumentou seu sorriso.

- Só com você, meu amor.

Meus olhos se arregalaram levemente. Ainda não estava acostumada com isso, na verdade, tudo isso que está acontecendo ainda parece um sonho para mim. Quando eu poderia imaginar que eu e Rafael ficaríamos juntos, felizes e em paz por duas semanas? Nunca passamos tanto tempo juntos e eu sinto que dessa vez é para ser.

- Acho melhor andarmos. - murmurei após despejar um selinho em seus lábios. - Hoje temos churrasco na casa dos Campbell, e não queremos perder o café da manhã, não é mesmo?

- Por que está pensando em se livrar de mim, ruivinha? - ele perguntou com as sobrancelhas erguidas.

- Pare de ser bobo e levante logo esse bumbum preguiçoso. - disse me sentando na cama.

- E muito gostoso.

Fiz careta.

- Vou deixar você continuar acreditando nisso. - me levantei da cama e deixando bem a mostra meu corpo nu, desfilei até a porta do banheiro. - Sem intrusos dessa vez. - antes que eu pudesse presenciar sua indignação, fechei a porta.

Suspirei e abri um dos meus maiores sorrisos, aquele que vem aparecendo com mais frequência que o imaginado. Como eu poderia imaginar que eu finalmente teria encontrado o amor da minha vida?

Algumas horas depois, Rafael, que insistiu em pilotar a moto, estacionou a máquina no quintal verde dos Campbell. Já podíamos sentir o cheiro forte dos hambúrgueres e das salsichas na churrasqueira.

- Como assim vocês já começaram sem a gente? - perguntei anunciando a nossa chegada.

Rapidamente, senti as minhas pessoas favoritas no mundo me abraçarem forte gritando por meu nome. Ri alegre e me agachei para abraçá-las melhor. Confesso que nunca fui muito fã de crianças, acho todas elas irritantes e extremamente sem noção, mas por algum motivo que desconheço, sou apaixonada por Alice e Henri, meus pequeninos.

Alice estava linda hoje, com seus cabelos loiros escuros, o rosto sereno e os olhos verdes que se destacam na cor caramelo. Ela veste um lindo vestido branco com uma sandalinha adorável. Henri, está, como sempre, a cara do pai, com a pele sempre esbranquiçada, os cabelos escuros como um pinheiro e os olhos verdes mais brilhantes que esmeralda.

Fear and LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora