O Encontro no Submundo

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Pov’s S/n

Na primeira vez, eu não consegui sentir a morte, ela apenas me dominou em um segundo e no outro eu estava em um templo. Mas agora, a morte... Ela é fria. Não dolorosa ou tenebrosa, apenas fria. A morte é gelada e composta por tristeza e raiva.  

Eu ouvia os gritos vindo de todos os lados, de diversas formas, com diversos sentimentos. Eu estava ficando ansiosa, a escuridão rodeando meu corpo entrando por minha boca e tampando meu nariz para eu não conseguir respirar, eu já estava morta.

Mas porque parecia que eu estava lutando para viver.

Queria gritar alto por algo ou alguém, pedir ajuda. Mas eu no podia, porque estava presa, porque eu estava morta.

Para uma alma condenada... Você pensa demais. — Uma voz sussurrou por minha pele. Era como se estivesse sobre mim, mas ao mesmo tempo, soava distante. 

Uma risada fraca ecoou.

— Relaxe pequena alma, eu não sou um Deus tão mau... Sua alma meia pura ainda tem uma serventia para mim.

— Eu já disse. — Consigo falar, mesmo que tal ato fazia minha garganta arranhar de dor. — Não vou fazer parte desses joguinhos de deuses... Não vou... Hades.

Uma gargalhada ecoou por toda a escuridão. 

— Você não tem opção. — Ele comentou e senti sua respiração em minha testa. — O que acha que pode fazer? Acha que morrer vai dar certo? — Uma risada nasal dessa vez — Você pode decidir sua morte, mas eu decido o destino de sua alma tola e má.

Má?

— Sim... Má. — Ele respondeu em voz alta. — Você não é pura querida, talvez meia, mas você é má. Sua vida humana naquela terra teria sido frustrante... Você se cansaria de tudo e terminaria de um jeito cruel.

— S/N ACORDA! NÃO! NÃO! NÃO! VOCÊ PRECISA VIVER!

Hades gargalhou.

— S/N... Não posso perder você, acorda por favor. — Ace...

— Filha, minha filha, se está me ouvindo, acorde, por favor, acorde! Não posso te perder, não posso te perder igual perdi sua mãe. Por favor S/n!

— Vá em direção a eles... Pequena alma. — A voz de Hades soou por mim. — Volte para eles. 

— Não. Não... — Digo sentindo o pânico. Não posso.

— S/N!!!!!!!!!!!!

Meus olhos se abriram e no mesmo instante tentei me sentar sendo impedida por Ace e Marco. Olhei para o Portgas que estava com lágrimas nos olhos e vi também meu... Barba Branca a distância preocupada. Ace pulou sobre mim sussurrando:

— Obrigado, obrigado, obrigado... 

— Pelo que? — Mal conseguia falar.

— Por não me deixar também. — Ele diz e sinto suas lagrimas em meu pescoço.

— Filha... — Barba Branca se aproximou. — Que bom que–

— PAI! CHEGAMOS À ILHA DOS HOMENS PEIXE! — Teach gritou e então Barba Branca se afastou.

— Apenas melhore querida.

— O que... O demônio... Ártemis... 

— S/n, descanse agora, ok? Você está em casa. — Marco sussurra e então apago novamente.

Três dias depois...

Eu olhava atentamente o que seria para ser o céu e o sol. Era tão claro que alguém que não soubesse onde estava acreditaria ser o sol lá em cima, mas estávamos a metros de distância de alguma ilha, no fundo do mar. 

A Rainha do Mar - One PieceOnde histórias criam vida. Descubra agora