Através dos Olhos da Deusa

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Autora: EITA QUE HOJE TEMOS UM PONTO DE VISTA INTERESSANTE

Já chegaram a se perguntar o que se passa na mente da nossa deusa e principal antagonista  da história? Bom, hoje saberão um pouquinho.

E nem acredito que só faltam cinco capítulos para terminarmos essa primeira temporada.

Boa leitura piratinhas <3

Até logo <3

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Pov's Ártemis

Deslizei por entre os diversos corpos caídos e brancos por conta da poeira da destruição e da morte. Usei meu poder para mover os destroços a procura de S/n, mas estranhei não a encontrar.

Adentrei o palácio ouvindo o choro e grito de raiva estridente de Fukaboshi e o olhei fixamente enquanto segurava nos braços o corpo falecido daquela sereia imunda. Minha Andrina era para ser sua esposa, quem geraria seus filhos se não fosse tão desatento para cuidar da mesma.

Ele não merecia ser feliz, não merecia a minha menina. Então tudo o que lhe restou foi a dor.

Caminhei entre os milhares de corpos, mas nem com o meu poder rodeando toda aquela área eu consegui achar aquela desgraçada da S/n.

Vendo que nada ali mais me bastaria dou a volta pronta para tentar rastreá-la, pois seria hoje mesmo que faria a troca. Eu tinha um templo escondido na ilha de Sabaody e seria nela que traria a minha doce menina de volta.

Sei que talvez eu seja a vilã e um ser desprezível, mas era por minha filha que fiz tudo isso e faria tudo e novo sem pensar duas vezes. Andrina tinha oito anos apenas quando me afastei dela e foi necessário, pois não poderia quebrar o que me fazia uma deusa; eu era a deusa casta e teria que seguir assim.

Zeus meu pai não hesitaria um segundo em destruir Andrina, então eu a protegi e por ela eu morri, mas ainda sim eu poderia a ouvir; rir e se divertir, crescer e viver.

Nem mesmo Edward poderia cuidar dela, jamais deixaria minha menina exposta ao perigo então apenas a deixei ali na Ilha dos Homens-peixe, mas fui tão boba ao não perceber que em qualquer momento Poseidon que atravessava as realidades como tanta facilidade iria parar ali.

Se Hades não tivesse aparecido naquele dia, todos teriam descoberto Andrina já que a sua alma teria ido para o descansar dos deuses e não poderia deixá-los souber dela.

Minha filha tinha apenas dezenove anos quando teve sua vida tirada brutalmente por... Meu tio.


Eu estava a distância, pois todo aniversário de Andrina eu ficava ao seu lado.

Ela estava feliz com um presente que havia ganhado dos três príncipes e a via conversar animadamente com Otohime em seu túmulo. Sempre que eu ia vê-la Andrina estava na Sea Forest, pedindo benções ou apenas para conversar.

Naquele dia minha filha soube quem eu era, pois algo me atraiu em sua direção. Pode-se dizer que um sensor de proteção que toda mãe tem, lembro-me de vê-la se afastar confusa e pálida:

— Quem é você?

— Eu sei que está tudo confuso, meu amor, mas precisa sair daqui. — Pedi. — Algo de ruim vai acontecer, por favor volte para o castelo Andrina.

— Como você sabe meu nome? Quem é você? — Ela perguntou assustada.

— Eu sou sua mãe Andrina, Ártemis.

— Não. Eu só tive duas mães e as duas estão enterradas atrás de você! — Ela disse séria, mas conseguia ver o tremor através de suas íris — Vai embora daqui.

Deixo meus joelhos cederem e caio chorando sem me importar se minha filha estaria olhando ou não. O que me faz uma deusa no final das contas? Será que podemos chorar? Esse sentimento humano que habita em mim não devia habitar.

Vários dos meus tios e irmãos, até mesmo meu pai tem filhos que são considerados semideuses, mas porque eu não posso ser? Porque fui definida a deusa da caça, da vida selvagem e da castidade.

Apenas para continua a ser quem dizem que sou eu abandonei tudo.

Andrina, Edward... Uma família que construí e não devia.


Apesar da grande destruição eu conseguia ouvir as lamúrias, os choros e os gritos. Eu ouvia tudo e entendia até mesmo o que suas mentes gritavam o que suas bocas não podiam e eu apenas caminhei para fora sem hesitar.

— Cinzia..? — Meu coração disparou e foi quando eu finalmente parei. — Cinzia é você?

Do canto do olho eu o ouvi tossir diversas vezes e tirar o concreto de cima e forçar a se levantar. Me virei em sua direção vendo seus olhos arregalados com uma expressão confusa ele perguntou:

— Isso é a morte? É você que me levará para lá?

— Não é a sua hora ainda Ed. — Murmuro e então o vejo tentar vir a minha direção, mas caiu ao chão. — Mas quando morrer não será Cinzia e nem eu que puxarei sua alma para o além, mas eu vou te ver lá.

— Cinzia o que está acontecendo? — Edward perguntou confuso e eu podia ver sua mente muito pior.

— Meu nome é Ártemis e eu vim aqui buscar a minha filha, Andrina Newgate. — Respondo e então me torno nada mais que uma neblina e o ar enquanto deixava a água me levar enquanto sussurrei na mente do homem mais forte do mundo: — Adeus, meu amor.

Saindo dali me movi até o único lugar o qual eu poderia encontrá-la: Sea Forest.

Já na minha forma normal me aproximei do túmulo de Otohime que era ao lado da minha. Movi minha mão para frente e fiz a minha pedra flutuar e explodir em pedaços logo após.

Fecho meus olhos respirando fundo tentando pensar aonde ela estaria.

— Você não é uma mãe tão amorosa quanto pensei. — Ele surgiu ali e fechei meus olhos. — Matou praticamente a família inteira do seu ex marido e tentou matar a sua filha.

— S/n não é minha filha, Andrina sim. — Respondo e me viro o fitando.

— Não importa, você tentou matar a minha sýntrofos psychis isso é algo mais grave do que uma deusa casta ter uma filha. — Ele tombou a cabeça para o lado.

Me viro para meu tio e pergunto irritada:

— Que diferença faz para você? Você matou Andrina há três nos atrás e agora me julga por tentar trazê-la de volta, você concordou com isso... Talvez fosse o peso da consciência.

Ele riu; gargalhou alto e deu de ombros caminhando para um lugar que pouco me importei em saber para onde iria e eu adoraria que fosse para o inferno e não voltasse mais.

— Não me importo com nada ou ninguém, mas você não parece se importar em trazer sua filha de volta já que preferiu destruir o palácio onde a moeda de troca estava por um simples... Remorso que você jura por todos os deuses que Andrina iria ligar.

— VÁ PARA O INFERNO! — Esbravejo irritada e ele gargalha novamente.

— Eu vou querida sobrinha, Kápoia méra tha to káno... E quando você for para lá eu estarei te esperando com um grande sorriso.

Seus olhos se voltaram para a imensidão azul e então ele diz uma última coisa antes de desaparecer:

— Melhor ser rápida e eficaz, pois Andrina e S/n acabaram de subir a superfície. 

A Rainha do Mar - One PieceOnde histórias criam vida. Descubra agora