Pov's S/n
Eu abri meus olhos e senti meus ouvidos doerem com os gritos desesperados de Andrina que dirigia-se a mãe implorando aos prantos para que mudasse de ideia e deixasse-me viva.
— Você. — A deusa me olhou com ódio. — MANIPULOU A MINHA FILHA! — Senti meu rosto arder com o tapa. — Mas saiba S/n que sua alma será destruída e mesmo que não mereça será por uma boa causa.
— Você me dá nojo. — Respondo e ela ri. — Você é um pedaço de merda Ártemis, não é uma deusa, é pior que um humano de tão egoísta que é.
Os olhos da deusa tornaram-se mais verdes e senti um tremor passar por mim ao ver sua pupila ficar preta e o verde tomar uma coloração azulada. Nunca em toda mitologia que eu estudei vi nada semelhante aquilo.
Tentei me soltar mais uma vez, mas não consegui. Eu conseguia ouvir os barulhos de canhões, mas não sabia onde estávamos. Um símbolo se formou ao chão quando Ártemis começou a dizer coisas estranhas e a andar e volta dele:
— Deuses, aqui ela está... O sacrifício necessário para devolver minha filha! Cronos, pai do meu pai, aceite essa alma e liberte a minha filha. — Arregalei os olhos com sua frase. — Leve essa alma para o tártaro.
Uma dor latejante começou a tomar conta de meu corpo o que me fez gritar. Eu consegui ouvir o grito de Andrina também e Ártemis continuou:
— Devolva a minha filha e essa alma terá, a semideusa deve viver e a mortal deve desaparecer! Elas irão trocar de corpos igual uma moeda de troca é trocada por algo de valor e Andrina voltará a ser Andrina e S/n será Umbra.
Gritei mais alto quando senti como se minha pele tivesse sendo aberta por uma faca muito afiada e joguei a cabeça para trás sentindo minha visão escurecer pouco a pouco.
Eu acordei.
Mas onde eu estou agora?
Me desesperei quando percebi que parecia despencar de um lugar alto; eu estava praticamente sendo expulsa do céu ou não sei o que já que caia em uma velocidade absurda e abaixei a cabeça notando minha face estranha. S/n será Umbra. E eu nunca imaginei que seria no litoral.
Antes que pudesse raciocinar aquele corpo despenca em cima de vários dos navios da marinha e em nenhum minuto se passou para que os que restaram começassem a disparar em minha direção.
— PAREM! PAREM! — Tentei gritar, mas saia apenas um rugido meu. — POR FAVOR PAREM!
Com muito esforço consegui me jogar no mar de novo e nadar a toda velocidade para o fundo, mas não consegui prever ou desviar de uma lança que atravessou meu peito o que me fez urrar de dor.
Um trovão ecoou por todo céu e mar e um raio cortou as nuvens fazendo-me tremer. Vi o corpo de Andrina se atirar no mar e ela tentar nadar em minha direção enquanto balas atravessavam a água.
— Não... — Ela murmura tentando puxar a lança cravada ali. — Você não vai morrer!
Eu continuava a afundar como pedra enquanto de maneira insuficiente ela tentava retirar aquilo de mim. Deixei minhas lágrimas tomarem conta enquanto Andrina tentava desesperadamente me salvar.
— Está tudo bem! — Eu digo e ela para. — A morte não parece tão ruim assim, eu vou direto para o inferno de qualquer maneira.
— Você não entende S/n! Umbra vai desaparecer E VOCÊ TAMBÉM! — Ela gritou desesperada.
— E está tudo bem, eu não vou ter um final feliz Andrina, eu sei disso desde que meu pai me matou. — Tento sorrir e agora apenas deixo o mar me levar para a escuridão. — Não se prenda a sua mãe, seja livre e viva da maneira que você quiser.
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A Rainha do Mar - One Piece
FanficS/n fora morta em um beco por seu próprio pai. Agora no templo de Ártemis ela ganhou uma nova chance, onde terá que provar ser capaz de viver uma nova vida em nada mais ou menos que One Piece. Surgindo nos mares como filha biológica de Edward Newgat...