Capítulo 21

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                                                                                              Narrador Onisciente

A manhã, para Tighnari, estava calma e monótona, a semana de folga de Cyno havia acabado e naquele mesmo momento a rainha havia solicitado a presença apenas do duque restando para o ômega ficar na sua residência, mudando vários móveis de lugar e alterando as cores dos papéis de parede, ele estava louco para visitar sua família mas não sabia se seria adequado então apenas se contentou de ficar na residência decidindo o que mais mudaria e o que gostaria de comer naquele dia em específico.

— Willy — Ele chamou o mordomo que já estava prontamente ao seu lado com uma feição séria — De todos os cômodos, ainda não visitei justamente a biblioteca, a algo lá que não devo ver ou tocar?

— Não exatamente, vossa graça, a biblioteca pertence ao duque, somente com a permissão dele a duquesa ou o consorte pode adentrar.

— Isso eram ordens de meu sogro? — O rapaz assentiu sentido todo seu corpo tremer quando viu o ômega subindo as escadas e indo em direção ao ambiente que era frequentado com muita constância pelo antigo duque.

— Vossa graça... Receio...

— Shh — O menor fez um sinal de silêncio e abriu as portas duplas ficando maravilhado com o local.

Ele olhou para todos os lados, analisou cada prateleira e mexeu em inúmeros livros que nunca havia lido antes, ele pegou um volume de um romance de navegação e se dirigiu para o seu salão particular, passando o resto da manhã e o início da tarde imerso naquela leitura tão contagiante e engraçada. Cyno por outro lado entrou pelos portões principais da residência em uma velocidade tão absurda que havia deixado até os cavalariços assustados com sua atitude.

Ele desceu do cavalo e já imediatamente procurava por seu esposo, sendo recebido com certo receio por uma das damas que lhe faziam companhia — Tighnari! — O menor fechou o livro de uma vez olhando para Cyno bastante assustado.

— O que houve? Aconteceu algo? Você está bem? — Ele ficou de pé tão rápido que até mesmo sua cabeça havia ficado dolorida, mas ainda assim ele correu até seu marido.

— Preciso que organize um baile, ou jantar, o que você preferir. Eu não sei, talvez seja melhor um baile.

— O que? Mas já? Por que? Você detesta bailes.

Cyno respirou fundo tentando conter suas emoções, ele sabia lidar com aqueles assuntos, mas agora era a primeira vez que faria aquilo sendo um homem casado com seu consorte ao lado, com muito custo o alfa puxou seu esposo para sentar a mesa de chá e segurou suas duas mãos — Hoje tive uma reunião muito importante de negócios, a rainha me incumbiu de em dois dias recebermos o concelheiro real da França e seu esposo para um baile, e dois ministros americanos, um deles é dono de duas minas fornecedoras das jóias mais preciosas que vem para a Inglaterra, e claro, nossa rainha também virá acompanhada de um de seus filhos e o noivo dele.

— Oh céus. Como organizarei um baile deste porte? Eu só tenho um dia.

— Me perdoe, era um pedido da rainha, sabe como ela é.

— Cyno... Estamos falando da rainha... — Tighnari levou a mão ao peito e respirou fundo tentando conter suas próprias emoções — Willy, peça que acelerem as mudanças no salão, lá será a recepção e o baile será no jardim, chame o jardineiro, quero rosas, tulipas e gardênias.

— Chamarei o organizador, nossa cozinheira e o jardineiro, Vossa graça. Algo mais?

— Chame também a minha modista, o alfaiate e o decorador responsável por meu casamento — O mordomo saiu e Cyno ficou de pé indo abraçar Tighnari por trás.

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