Capítulo 25

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                Narrador Onisciente

Na residência do marquês as risadas ecoavam pelos cômodos a medida que Tiana insistia em fazer uma grande vergonha a seu marido — Sim cunhado — Ela tentava controlar sua risada mas era impossível — Antes de minha mãe chegar Newt não sabia o que fazer, os Shunas ficam inconsciente antes do parto acontecer e dificilmente temos problemas.

Ecatherine gargalhou lembrando-se do dia — Meu pobre genro já estava enlouquecendo até que cheguei, aliás, meu querido Cyno, faltam apenas dois míseros meses para que seu primeiro filhote venha ao mundo, não faça como Newt e escute sua sogra. Os Shunas tem uma grande preferência pela natureza então quando estamos perto de dar a luz geralmente procuramos algum lugar em meio as árvores.

— Tighnari já havia me falado algumas coisas. Espero que vá viver conosco, eu não saberei o que fazer.

Tiana sorriu admirando seu cunhado, certamente seu irmãozinho havia ganhado um grande prêmio com aquele alfa — Você irá aprender cunhado, se Newt aprendeu você aprende.

— O marques certamente não precisa de inimigos tendo a minha cunhada como sua esposa — Tiana o encarou ofendida e despejou dois tapinhas no braço de seu marido quando o mesmo desatou a gargalhar.

— Vossa graça detém toda razão.

— Querido — Tiana o chamou — Nós somos cunhados de Alhaitham, assim como somos de Cyno, acho que pode cortar as formalidades.

Cyno assentiu bebericando um pouco mais de chá — Estamos em família, portanto marquês pode me tratar por Cyno.

— Neste caso me trate por Newt.

— Oh! — Tiana quase gritou lembrando de algumas coisas fazendo os ouvidos de todos doerem — Em um mês estaremos de volta a Cambridge, acho que veremos o parto de meu irmão.

— De todo modo são bem vindos na residência do duque — Os quatro ainda levaram uma tarde animada recheada de conversas e piadas estranhas que apenas Newt ria e as entendia, até contando algumas que eram contadas por seu avô.

— Bom, acho que devemos ir, vou partir logo pela manhã — Ecatherine anunciou já ficando de pé.

— Minha sogra deverá me acompanhar neste caso? Partirei pela manhã.

— Oh claro, sua mãe ainda vai se demorar por aqui então pretendo voltar imediatamente.

Em Cambridge, Tighnari ouvia o lamento de inúmeros fazendeiros híbridos ou que eram casados com híbridos, que tinham suas terras invadidas por fanáticos religiosos e reivindicadas — Vossa graça como devemos lidar com este problema? — O ômega olhou para frente e então para seu pai que também ouvia as reclamações ao seu lado.

— O que acha que devemos fazer? Prefiro não agir desta vez.

— Vamos apenas expulsa-los e prender seus líderes, enviarei uma carta para sua majestade pedindo que lide com isso da melhor forma possível.

— É uma pena que não podemos extinguir todas as religiões do mundo, são a verdadeira doença — Tighnari sentiu um leve incômodo em sua barriga chegando a ficar até com um certo medo, ele a acariciou e sentiu o movimento leve e sutil de seus filhotes — Willy, organize a cavalaria novamente e peça que a capitã Dehya vá lidar com esses problemas, por favor... — A última palavra fora um suspiro seguido de um gemido, era difícil saber se ele falara por educação ou algum tipo de súplica apenas para si mesmo.

— Tighnari... — Tulian murmurou ajudando seu filho a ficar de pé.

— Preciso me deitar — Ele falou ficando de pé com certa pressa, o mordomo assim como a governanta iam guiando os fazendeiros para fora e olhavam para o ômega com bastante preocupação.

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