Narrador Onisciente
O som da orquestra era bastante suave e a música era calma, e o clima era frio embora Tighnari sentisse que estava muito bem aquecido. Cyno tomou sua mão retirando uma da luvas e a deixando bem próximo de seu rosto, dava para sentir o hálito quente tocando sua pele o que o deixou completamente arrepiado. A outra mão do alfa tocou suas costas, bem acima do quadril puxando-o para ficar mais próximo, sua respiração saiu tão pesada e as batidas de seu coração apenas aumentavam de ritmo.
Sentir seu peito encostando o do alfa de forma tão íntima era extasiante, sentir o toque quente de suas mãos uma na outra o fazia suspirar e desejar mais, o alfa fora cada vez mais ousado, seu nariz encostou no pescoço alvo aspirando o aroma doce, seus lábios tocaram levemente a pele e então depositou um rápido beijo sorrindo ao escutar mais um suspiro. Os dois moviam-se conforme a música e a medida que a melodia ficava mais intensa os toques do alfa ficavam cada vez mais ousados.
Até que pararam, um perdido no olhar no outro, no meio daquela pista de dança como se fossem invisíveis, Cyno levou suas duas mãos até o rosto delicado, seus dedos deslizavam pela bochecha até encontrar os lábios rosados, suas respirações estavam rápidas e cortadas e as batidas de seus corações parecia cada vez mais descompasadas a medida que seus rostos ficavam próximo, os halitos quentes se misturavam e estavam para sentir a maciez do lábio um do outro — Irmão! Cyno! Acorda! — O alfa acordou de uma vez sentindo um calor absurdo tomar conta de seu corpo, Nahida estava de joelhos ao seu lado usando apenas sua roupa de dormir — Com o que estava sonhando? Ouvi você falar um nome mas não entendi... Ti...ni Ti...gh.
Cyno suspirou passando as mãos em seu rosto antes de sentar na cama, estava excitado, então puxou os lençóis para cobrir sua cintura para baixo — O que você quer Nahida?
— Mamãe me mandou acordar você, disse que sua encomenda de flores chegou na residência do conde e o buquê que pediu esta lá embaixo, ela disse que você está atrasado.
Cyno olhou o relógio sentindo o desespero tomar conta de si aos poucos, o relógio já marcavam quase nove horas, deveria visitar Tighnari e as dez deveria ir até o parque para o piquenique — Por que infernos não me acordaram mais cedo? — O alfa gritou ficando de pé para trocar de roupa o mais rápido que podia, expulsou sua irmã do quarto e logo um criado entrou em seus aposentos pegando as roupas e o ajudando a se trocar.
— Vossa graça quer que mande deixar o café em seus aposentos?
— Não. Não vou tomar café da manhã, preciso sair, mande que arrumem meu cavalo, vá!
O rapaz correu enquanto Cyno ficava lavando seu rosto e os dentes, deveria estar minimamente apresentável mas lá estava ele, atrasado e com as roupas mal arrumadas, o alfa deixou um beijo no rosto de sua mãe e bagunçou os cabelos de Nahida antes de sair apressando o pobre cavalo, quando chegou em frente a residência do conde, por sorte soubera que eles muito dificilmente iriam para o parque, mas para seu descontentamento, havia uma quantidade absurda de alfas esperando sua vez para falar com Tighnari, além da sala de visitas já estar cheias com todos eles falando sua "qualidades" ou esbanjando suas riquezas.
Todos, com exceção de Diluc ficaram apreensivos com a chegada do futuro duque, eles sabiam que suas chances seriam reduzidas com Cyno na corrida, mas ainda permaneceriam ali torcendo por um mínimo de chances de desposar alguém como o feneco. O alfa ainda esperou por mais de uma hora para ter sua vez, ainda trocou rápidas palavras com o conde que o recebeu muito bem, ele observou que todos os alfas carregavam caixas com presentes, das maiores as menores enquanto ele contava apenas com sua sorte e um um buquê semi abarrotado de lindas tulipas brancas.
Diluc fora o que mais demorou para sair, pelo visto o rapaz ruivo de fato havia chamado a atenção do ômega — Vossa graça — Ecatherine falou bastante empolgada quando passou pelo rapaz ruivo o encarando em desafio, Tighnari parecia cansado, depois de conversar com tantos alfa e dispensar alguns pedidos afobados de casamento feito por homens que nunca viu, ele só poderia se sentir exausto.
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Wind Polars
FanfictionA felicidade não pode entrar de repente num coração desolado sem sufocar um pouco. As vezes a alegria dói tanto quanto a dor. A dama das camélias - Alexandre Dumas Filho. Mesmo com todos os altos e baixos os dois amantes desafortunados ainda consegu...