Capítulo 24

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                 Narrador Onisciente

Um casamento real sempre dava muito o que falar, sempre reuniam muitos curiosos e faladores por todos os cantos, e quando acabava sempre se tinha muito do que falar, como naquele momento quando o ômega fizera questão de fugir e não aparecer no próprio casamento, gerando constrangimento para sua mãe, irmão e a família de seu noivo, claro que todos ficaram em choque quando Scaramouche não apareceu, incluindo Tighnari e Gorou que não pouparam esforços para encontra-lo simplesmente não conseguindo.

Quando a noite caiu, e as inúmeras fofocas estavam tão quentes quando ainda estavam de dia pela primeira vez a condessa se viu tentando acalmar uma rainha. Ei, rodava de um lado para o outro sob o olhar de sua amante e de Tighnari, enquanto Ecatherine a seguia e implorava para que ela sentasse e tomasse uma xícara de chá — Ei... Nós vamos encontrá-lo, agora por favor fique calma! — Miko falou com firmeza segurando os braços da mulher e a fazendo sentar.

— Não tem nenhum outro lugar? — A rainha olhou para Tighnari que apenas negou.

— Eu... Eu não sei onde ele pode estar ou por que fugiu... Ele aprecia estar gostando do noivo, não entendo por que fez isso — O Shuna falou tentando não surtar como a rainha estava fazendo. Mas então uma pessoa veio a sua mente.

Infelizmente havia alguém a quem ele poderia recorrer e torcia para estar errado. Com cuidado e sem fazer alardes ele usou a desculpa de que precisava do seu alfa e deixou a sala acariciando sua barriga — O que houve? — Cyno quis saber enquanto iam em direção a carruagem.

— Acho que sei onde ele está.

— O que? — Cyno o ajudou a entrar na carruagem e se certificou que não estavam sendo seguidos.

Os dois chegaram a um lindo jardim botânico que pertencia a família real, Scaramouche estava lá, ajoelhado de frente para uma estátua que demarcava o túmulo do falecido rei, ele amava seu pai e sentiu uma dor imensa quando o homem morreu, ele sabia que sua mãe não o amava e até deve ter sentido alívio, mas ele não, a morte do rei foi uma ferida que permaneceu e ainda estava aberta desde que o maldito médico dera a notícia — Moche — Ele virou de uma vez percebendo em fim que Tighnari estava logo ali atrás e seu marido estava mais afastado ainda, bem na entrada no jardim com o chofer.

— Eu... Eu já vou... Não se preocupe, logo estarei casado. Só precisava ver o meu pai uma última vez.

— Todos estão preocupados com você, eu também estou — Tighnari ficou de joelhos ao lado do mais velho e tocou sua mão — Acho que seu pai estaria uma fera com esse seu sumiço.

O ômega riu, deixando que algumas lágrimas escapassem — Ele me encontraria com facilidade e gritaria um sermão antes de me levar até o altar.

— Está pronto para ir? Seu noivo estava bastante nervoso no altar. Nervoso é elogio, seu coração estava quase parando, me perguntando se fez algo que o desagradou.

— Ele certamente não fez. A residência que vamos morar fica em um condado próximo a Cambridge, quero poder te visitar algumas vezes.

— Pensei que iriam embora daqui. De volta para o Japão.

— Não. Nós vamos ficar, decidimos voltar apenas se Kazuha tiver de ser coroado — O mais velho sorriu caminha de braços dados ao lado do feneco — Você tinha razão, se eu o conhecesse melhor iria começar a gostar dele.

— Eu  sempre tenho razão, não tenho? — A cerimônia ocorreu sem maiores problemas, embora uma parte dos convidados tenha ameaçado ir embora todos ficaram para testemunhar a união dos dois príncipes.

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