Capítulo 9

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                Narrador Onisciente

Mesmo após uma semana, o ocorrido no baile oferecido por Lady Yuu ainda era motivo de fofocas e suposições por parte de todos pelas ruas e casas de Londres, era possível escutar as mais loucas e variadas teorias até mesmo entre os criados de cada residência que vez ou outra ainda tentavam retirar o mínimo de informação por parte dos criados da residência dos Altazir. Poucas pessoas faziam visitas, era fato que a condessa estava moderando toda e qualquer visita e tomando um extremo cuidado já que pessoas em excesso poderiam trazer "doenças da rua" como ela mesmo havia entitulado, para seu menino que ainda se encontrava muito frágil e debilitado.

Tighnari recebia sua última visita do médico, o mal que o assolou era um verdadeiro mistério para todos, os sangramentos nasais ainda não haviam cessado e apenas aconteciam quando o menor sentia-se sob pressão ou estresse constante — Bom, sei que pode não ser conclusivo, ou até parecer sem sentido para todos vocês, mas creio que o mestre Tighnari passa é por um caso de estresse contínuo, imagino que a alta temporada esteja lhe causando muito mal jovem mestre — O homem retirou um frasco de dentro de sua bolsa e deixou em cima da mesa, apenas de ver o nome Tighnari sabia que se tratava de um ansiolítico a base de ervas, ele teve que lutar muito para não virar os olhos quando pegou o frasco e apenas prestou atenção nas instruções do médico.

— Acha que ele já pode fazer alguns passeios? Está preso em casa a dias...

— Isso só depende de mestre Tighnari vossa graça, se ele se sentir bem então sim, está pronto para sair — O médico sorriu com gentileza antes de em fim sair causando um certo alívio no ômega.

— O que acha? Quer dar uma volta no parque hoje? Pegar um pouco de sol talvez...

— Não — Tighnari a interrompeu ficando de pé e seguindo para seu quarto.

— O que vamos fazer Tulian.

— De tempo a ele Ecatherine — O alfa falou com paciência e tranquilidade — Não precisamos nos desesperar quanto a isso.

— Papai tem razão — Tiana falou concentrada em seu bordado — Se o médico estiver certo é melhor que Tighnari não se estresse.

— Vossas graças — Um criado entrou na sala onde estavam carregando duas cartas consigo em cima de um pequena bandeja de prata.

Tulian olhou as cartas, uma era para si do vinhedo e a outra para sua esposa da duquesa — O que mestre Crepus quer com você? — Ecatherine perguntou com bastante curiosidade.

— Ele convidou a mim e Tighnari para um chá hoje a tarde, e a duquesa?

— Me convidou com nossos filhos para o chá da tarde amanhã.

— Uuhl estão bem requisitados — Tiana sorria, mas sua atenção era apenas para sua mãe que também trocava um sorriso cúmplice. As duas sabiam que os sentimentos do futuro duque eram verdadeiros, não apenas pela sua preocupação quando o ômega caiu em seus braços, mas também  pelo fato de ele ter feito algumas visitas e até mesmo havia voltado a enviar flores e alguns presentes que o menor gostava. O decorrer do dia fora tranquilo, Tighnari fora quase obrigado a sair de casa por seu pai e sua mãe, o caminho até o vinhedo fora tranquilo a paisagem do campo era bonita e calma e mesmo quando chegaram o ômega não sentia o estresse tomando conta de si e a dor de cabeça não estava voltando. Crepus e a governanta de sua casa que os recebeu, a mulher tinha um sorriso gentil — Vossa graça — O homem de cabelos ruivos como os do filho, tinha um sorriso gentil quando apertou mão do conde.

— Já lhe disse Crepus corte as cortesias comigo — Tulian também tinha um grande sorriso.

— Mestre Crepus — Tighnari o cumprimentou curvando apenas sua cabeça e olhando ao redor, a residência era de fato linda e a região que era propriedade do barão sem dúvidas comportaria uma pequena aldeia mesmo com a grande mansão no centro de tudo.

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