Capítulo 18

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                 Narrador Onisciente

Faltando apenas três dias para o mais comentado casamento do ano, o caos estava instaurado nas casas das duas famílias. A recepção após a festa seria no palácio do duque, mas a decoração estava por conta principalmente da condessa, Cyno havia deixado claro que não tinha exigências quanto ao tema da recepção e a decoração, tudo ficou sob os cuidados e baseados nos gostos dos fenecos, Buer não gostou muito, ela ficou com poucas obrigações e opinou muito pouco sobre a decoração da festa, claro que no fim ela gostou. Mas ainda sentia uma ponta de decepção por não ter ajudado ou interferido mais  — Você quem praticamente cuidou sozinha do casamento de Alhaitham, não sei por que tanta irritação — Kasala comentou sem tirar os olhos do livro que estava lendo.

— Não estou irritada. Só queria estar ajudando mais, sonhei muito com o dia em que cada um dos nossos filhos estariam casados — Buer sorriu ao ser servida de seu café da manhã, Nahida estava ao seu lado comendo completamente calada, aliás, depois do anúncio do noivado a pequena mal conversava com todos e até sua animação para se divertir nos passeios do parque haviam diminuído consideravelmente.

— Bom dia, mamãe, Nahida — Cyno surgiu na sala mais sério do que normalmente era, sentou-se num lugar afastado e apenas esperou que seu café fosse servido.

— Então é assim? — Kasala debochou soltando uma risada anasalada — Você quebra um acordo milionário com um REI e ainda se sente no direito de ter raiva de mim?

Cyno o ignorou, estava cansado, a realidade é que não queria fazer passeio algum no parque, portando já haviam combinado de se encontrar bem na entrada andar pela pequena e florida ponte para e depois deitar sob alguma lona com o ômega ao seu lado. O alfa estava tão cansado e com pouca paciência que sentia apenas uma enorme vontade de apenas quebrar tudo a sua volta. Alguns minutos depois, Buer ficou de pé com Nahida já olhando para o seu filho e seu marido.

— Não entendo por que me obrigar a andar no parque — Kasala resmungou — Estou doente e moribundo, mas que inferno — A ômega já suspirava sentindo um imenso arrependimento por forçar seu marido a deixar sua residência e ir para aquele passeio.

O parque não estava muito cheio, Cyno desceu da carruagem e mal havia colocado os pés no chão quando fora cercado por três senhoras acompanhadas de seus maridos para parabeniza-lo, ele não sabia exatamente quem eram mas agradeceu e saiu a procura de seu ômega. Tighnari estava deslumbrante como sempre, usava as mesmas vestes tradicionais embora a calda do "kimono" fosse um pouco mais curta e sua sapatilha verde tivesse um pequeno saltinho. Imediatamente, o duque sentia como se todos os seus problemas tivessem desaparecido.

Apenas de olhar naqueles olhos bicolores, e sentir o aroma doce invadindo suas narinas seu coração batia mais forte e sua mente havia desacelerado. Ele fez o de sempre, cumprimentou primeiramente o conde com um aperto de mão e um pequeno sorriso, em seguida a condessa com um beijo em sua mão, e ele sem dúvidas teria cumprimentado Collei se a pequena não tivesse corrido na direção onde Nahida estava o ignorando. Ele olhou para o ômega, que tinha um sorriso tímido e um olhar baixo, antes de puxar a mão enluvada e deixar um rápido beijo.

— Você está lindo como sempre.

— Está sendo gentil — Tighnari murmurou segurando no braço de Cyno, e começando a andar, ele teria ido para cumprimentar seus sogros se Kasala não o tivesse olhado de forma tão assassina a ponto de afasta-lo até mesmo da omega.

— Céus! — O duque exclamou encarando o ômega — O que preciso fazer para que entenda de uma vez o quanto é belo?

Tighnari riu encarando o mais altos antes de falar — Continue falando, talvez um dia me convença.

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