Capítulo três

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Olá, não irei falar muito aqui porque vamos nos ver nas notas finais, mas quero avisar que no capítulo de hoje será retratado um momento de xenofobia e que isso pode acabar trazendo gatilhos para pessoas mais sensíveis.
É apenas isso, espero que goste da leitura.

...

— Então, por que exatamente você achou que se jogar em cima de uma mesa de vidro era uma boa ideia? — Questionou Richarlison, sua voz carregando um tom de surpresa.

A criança olhou para baixo, os olhos castanhos ainda brilhando com uma pitada de esperança juvenil.

— Eu pensei que isso ativaria meu superpoder de atravessar coisas. —  Respondeu ela, fazendo um biquinho inocente.

— Bem, vimos que não deu certo, então vamos tentar não fazer mais nada do tipo, ok? — Disse Joe jogando um pequeno fragmento de vidro na bandeja que estava na mesa ao lado dele.

Na sala de emergência movimentada, Son havia permitido que eles cuidassem da criança que chegara sangrando depois de se jogar sobre uma mesa de vidro. Por sorte, os ferimentos não eram graves, mas ainda havia fragmentos de vidro cravados em seu braço que precisavam ser removidos.

— Se quiser ativar seus poderes de atravessar coisas, pule em um colchão ou algo do tipo. E nem pense em pular de um lugar alto. — O brasileiro aconselhou, apontando a pinça que usaria para extrair os fragmentos para a criança.

A atmosfera na sala era tensa, com o som dos monitores cardíacos ao fundo e enfermeiros correndo de um lado para o outro. A criança olhou com curiosidade para a pinça, seus olhos grandes e preocupados refletindo a luz brilhante das lâmpadas acima.

A criança concordou com um movimento de cabeça, embora ainda exibisse um pequeno bico nos lábios, indicando clara frustração.

— Terminei o braço esquerdo, e o direito? — Perguntou Richarlison a Joe.

Juntos, eles removeram todos os fragmentos de vidro, cuidadosamente limparam a área e aplicaram curativos apenas nos cortes que exigiam atenção.

— Também terminei o outro braço. E como prometido, aqui está o seu prêmio por não ter chorado. — Joe disse, estendendo um pirulito à criança. Os dois haviam combinado de recompensá-lo com um pirulito se ele se comportasse bem e não chorasse durante o procedimento.

A criança olhou para o pirulito com os olhos brilhando de alegria, o aceitando com um sorriso tímido.

— Vamos lá, vamos encontrar sua mãe. —   Joe disse enquanto ele e Richarlison ajudavam a criança a descer da maca. Juntos, eles caminharam em direção ao balcão onde a mãe do menino estava ocupada, assinando alguns papéis.

Assim que os três se aproximaram, a mãe olhou para cima com uma expressão aliviada ao ver seu filho seguro ao lado dos dois homens. Os olhos da criança se iluminaram ao ver sua mãe e ele correu para abraçá-la

— Vocês terminaram? — Heungmin questionou ao ver os dois se aproximando, e eles apenas concordaram com a cabeça. — Eu sei que vocês têm uma prova amanhã, então vou deixá-los livres para estudar por enquanto. Mas mantenham seus celulares por perto, ligarei se precisar de ajuda.

A sala da emergência começou a se tornar menos caótica, os médicos e enfermeiros continuando suas tarefas enquanto a família se preparava para partir. Joe e Richarlison respiraram aliviados ao ver que tudo estava bem e que poderiam estudar com calma para a prova já que o setor estava consideravelmente calmo naquele dia.

Antes que alguma coisa pudesse acontecer e atrapalhar os planos de estudar os dois saíram do setor, torcendo para conseguirem revisar ao menos metade do conteúdo que deveriam.







Na Batida do Seu Coração | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora