Capítulo vinte

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Richarlison fixou os olhos na tela do celular, observando os números que marcavam às dez da manhã. Ele havia esperado por três longas horas, perdido em pensamentos tumultuados, enquanto Son estava fora.

O brasileiro saltou de sua posição assim que a porta se abriu e Heungmin apareceu em sua visão. Ele se aproximou rapidamente do coreano e o envolveu com um abraço intenso, a força do gesto quase fazendo o coreano perder o equilíbrio momentaneamente, dado o impacto dos corpos. Era como se aquele gesto fosse uma manifestação física da saudade, preocupação e alívio que ele sentia.

Heungmin deslizou os braços em volta da cintura de Richarlison, segurando-o com firmeza quando percebeu que o corpo do brasileiro começava a tremer. O brasileiro falava alguma coisa na língua materna, que apesar de não entender nada o mais velho poderia imaginar o que era, em meio a soluços e lágrimas. Son, por sua vez, respondia em um tom suave e reconfortante, repetindo baixinho que estava tudo bem, que eles estavam bem, como se suas palavras fossem um bálsamo para acalmar o tumulto de emoções que atormentavam Richarlison naquele momento.

— Ei, está tudo bem, você precisa se acalmar. — Son segurou o rosto do brasileiro com as mãos de forma cuidadosa. — Vamos, respire com calma.

Richarlison chorava ao ponto de se engasgar com seu próprio ar, mas aos poucos ele foi se acalmando, com o coreano fazendo carinhos suaves em seu rosto, afagando gentilmente as bochechas úmidas e secando suas lágrimas.

Os olhos do mais velho estavam um pouco vermelhos, o que indicava que ele também havia chorado e o brasileiro se odiou por aquilo, porque ele sabia que era sua culpa. Ele se odiou pelo fato de que mesmo chateado, Son se preocupava o suficiente para deixar sua dor de lado e o acalmar.

— Eu sinto muito, me desculpa, por favor. — Richarlison segurou as mãos de Heungmin que repousavam em seu rosto. Seus olhos refletiam arrependimento genuíno. — Eu fui um idiota, prometo nunca fazer nada parecido de novo, só por favor, não desiste da gente.

Son permaneceu em silêncio, mas seus olhos expressavam uma mistura de emoções. Ele juntou seus lábios com os de Richarlison, num toque suave e hesitante nos primeiros instantes. Em seguida, sua língua explorou de maneira delicada o lábio do brasileiro, pedindo passagem, uma solicitação prontamente atendida. O beijo que se seguiu foi calmo e afetuoso, como se fosse uma promessa de perdão e reconciliação. Era a linguagem silenciosa do amor e da aceitação, uma linguagem própria que apenas eles entendiam.

— Não passou pela minha cabeça desistir de nós nem por um segundo sequer. — O coreano aproximou sua testa da de Richarlison, as unindo num gesto de intimidade e proximidade.

— Eu sinto muito, Sonny...

— Eu sei, darling. — Heungmin interrompeu, deixando um beijo suave na ponta do nariz do brasileiro. Seus lábios encontraram a pele do brasileiro em um gesto carinhoso e consolador. — Está tudo bem, nos dois erramos, vamos deixar isso no passado.

Richarlison sentia um turbilhão de emoções dentro de si, as palavras pareciam fugir de sua boca e ele não sabia como expressar todo o arrependimento que sentia. Apesar das palavras reconfortantes de Son, a tristeza e a decepção no olhar do coreano eram como punhais atravessando seu peito. Determinado a demonstrar seu amor e desespero, o coração do brasileiro pulsava acelerado enquanto seus lábios se encontravam novamente nos de Heungmin em um beijo intenso.

Richarlison colocou as mãos habilidosas na cintura do mais velho, e com cuidado o guiou até o sofá, com um movimento suave, empurrou o coreano, o fazendo se acomodar no sofá, enquanto ele mesmo se sentava em seu colo, buscando proximidade e intimidade.

Com dedos ávidos e determinados, o brasileiro retirou a blusa do coreano, expondo sua pele macia e convidativa. Seus lábios, sedentos por redenção, abandonaram os de Son para deixar uma trilha de beijos e mordidas carregadas de ardor em seu pescoço, revelando o desejo que queimava dentro de si.

Na Batida do Seu Coração | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora