Capítulo quinze

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Mais um capítulo e dessa vez com essa capa maravilhosa que a CabraCintilante fez, incrível né? Queria ter essas habilidades maravilhosas.

Me falem, a raiva de mim passou um pouquinho? Espero que sim :)

Boa leitura, aproveitem o capítulo.

...



Aquela parede de cor creme era horrível, eles deviam pintar aquela quarto, foi um dos diversos pensamentos que passou pela mente de Richarlison, após meia hora olhando fixamente para a parede ao lado de sua cama.

— O que deu nele? — Questionou Romero, em um sussurro.

— Eu não sei, quando eu sai do banheiro ele tava chorando e agora tá aí, igual um louco encarando a parede. — Respondeu Skipp, no mesmo tom.

— Ele não disse o que aconteceu?

— Não, só chorou, aconteceu alguma coisa ontem?

— Não aconteceu nada, eu acho.

— Acha? Você devia ter certeza.

— E eu tenho bola de cristal por acaso?

— Só para informação de vocês, eu consigo ouvir perfeitamente bem. — Richarlison disse, ainda olhando para a parede.

— Ótimo, então fala para gente o que aconteceu. — Romero disse se sentando na frente dele, o fazendo finalmente parar de encarar a parede.

— Nada.

— Ninguém simplesmente acorda chorando do nada. — Skipp disse cruzando os braços.

— Foi só... um sonho.

— Um sonho? Um sonho fez você chorar desesperadamente? — Cristian tinha um olhar desconfiado para o amigo.

— Sim, um sonho e eu não quero falar sobre isso. — Disse se levantando da cama.

— Charlie, você pode falar com a gente. — Skipp segurou o braço do brasileiro.

— Eu sei, mas não agora, eu não quero falar sobre isso agora.

Oliver soltou o braço do brasileiro com certa relutância e Richarlison correu para o banheiro. Ao entrar no pequeno cômodo, ele imediatamente sentiu o vapor encher o ar, indicando que a água já estava caindo em seu corpo exausto. Seu coração ainda estava batendo, batendo ecoando em seus ouvidos, mas quando ele sentiu a água morna escorrendo por sua pele, uma sensação familiar de alívio e bem-estar começou a invadi-lo.

Nos raros momentos em que as gotas deslizavam suavemente sobre seu corpo, Richarlison conseguia relaxar um pouco. Ele sentiu como se a água tivesse o poder de lavar não apenas o suor e a fadiga, mas também o tormento e a incerteza que assombravam sua mente. Fechou os olhos e se entregou ao momento de profunda introspecção, deixando que as lembranças do sonho que o atormentava se apegassem a ele.

Porém, à medida que as memórias se formavam em sua mente, uma dura realidade começou a se impor. Ficou claro para Richarlison que era tudo mera imaginação, uma fantasia que se desvaneceu sob a luz dura e desconfortável da realidade. Um vazio doloroso se instalou em seu peito e seu coração se apertou de tristeza. Era um vazio provocado pela perda, pela perda da esperança que havia alimentado seus sonhos.

No fundo, Richarlison sabia que o Son provavelmente não o amaria. Ele entendeu no fundo de sua alma que os sentimentos que ele tem pelo coreano não serão recíprocos. Era uma dor solitária e excruciante, a certeza de que o amor que sentia seria apenas uma ilusão passageira. A percepção dessa dura verdade o invadiu enquanto a água do chuveiro caía lentamente, envolvendo-o em sua suavidade. Richarlison silenciosamente se permitiu sentir a tristeza que residia em seu peito, sabendo que no final era tudo o que lhe restava.


Na Batida do Seu Coração | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora