Capítulo oito

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Richarlison resmungou virando na cama, um som estridente e alto ecoava por todo o quarto, ele colocou um travesseiro sob a cabeça na tentativa de abafar o som, o que deu certo por alguns minutos. O brasileiro soltou um suspiro de alívio quando o som parou e quando ele estava quase dormindo novamente o som voltou. Irritado ele sentou na cama e pegou o telefone o atendendo.

— O que é caralho? — O tom de irritação por ser acordado era evidente.

— Você fala direito comigo sua mocreia lambisguenta. — A voz de Romero saiu pelo aparelho. — Eu quero saber por que você não ta na merda desse hospital ainda, virou milionário do dia pra noite e desistiu da vida de pobre trabalhador? É o único motivo plausível porque já são nove horas e o querido não tá aqui.

— Quê? Nove horas. — Afastou o celular do rosto e olhou as horas, vendo que já era exatamente, nove e quarenta. — Puta que pariu, tchau Romero.

Ele desligou o celular sem da a chance do argentino falar mais nada, ele levantou da cama e olhou para o coreano deitado, dormindo tranquilamente.

— Son. — Ele mexeu no asiático, tentando o acordar. — Acorda, Heungmin, caralho.

— Me deixa dormir por mais cinco minutos.

— Que cinco minutos o que, a gente ta atrasado. — Jogou um travesseiro nele. — Levanta.

— Deixa de drama, só dois minutos não tem problema.

— São nove e quarenta Son, o que significa que estamos quase quatro horas atrasados.

— Quatro horas não é nada. — O coreano falou se cobrindo com o lençol, mas depois de alguns segundos jogou o tecido pro lado e se sentou na cama rapidamente. — VOCÊ DISSE NOVE E QUARENTA?

— SIM, LEVANTA.

Os dois começaram a correr de um lado para o outro no quarto, tentando se arrumar o mais rápido possível. Quando já estavam devidamente vestidos eles saíram da casa do coreano e entram no carro, indo rumo ao hospital.





— Eu acho que você infringiu umas três leis de trânsito e tenho certeza que você quase atropelou uma velhinha também. — Richarlison disse ao sair do carro.

— Pelo menos chegamos antes das dez e meia. — O coreano deu de ombros fechando a porta do carro e colocando a mochila nas costas. — Não conseguimos passar na sua casa, e seu jaleco?

— Tenho um extra no armário.

— Ótimo, vamos e comece a pensar em uma ótima desculpa para dar caso perguntem porque se atrasou.

— Eu sou ótimo inventando desculpas. — Piscou para o coreano. — Vou me trocar, vejo você na hora das visitas.

— Até mais.

Os dois se despediram rapidamente, indo para lados diferentes do hospital, para começarem seus trabalhos.





O brasileiro andava pelos corredores do hospital, já devidamente vestido para o trabalho, enquanto repassava em sua mente quais coisas teria que fazer durante o dia. Assim que virou um corredor ele sentiu uma forte tapa em sua nuca, se virou para a pessoa pronto para a xingar dos piores nomes possíveis, até ver Romero, Skipp e Emerson o olhando sério e com os braços cruzados.

— Eu deveria pegar sua cabeça e bater cinco vezes na parede para você criar juízo ou ao menos ter um traumatismo. — Romero disse apontando para ele.

— Você tem que parar com essa sua mania idiota de sair para um lugar e não avisar que vai dormir fora, eu juro que vou te matar da próxima vez que fizer isso. — Skipp o deu um tapa no braço enquanto falava.

Na Batida do Seu Coração | 2SonOnde histórias criam vida. Descubra agora