28. Immortality

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Celeste

Faz duas semanas do acontecimento e eu ainda tentava assimilar tudo o que aconteceu nesses últimos dias. Estava complicado. Tudo complicado.

Billie não deixou a corda romper.

Billie não deixou que eu caísse do precipício, ela me puxou para os seus braços como se soubesse que eu precisasse daquilo. E sim, eu precisava estar em seus braços quentes. Eu já posso dizer obrigada? Posso agradecer pelos momentos difíceis que passei com você?

Acho que podemos viver em paz agora, não acha? Tudo bem. Eu brigo por você, ou podemos brigar juntas. Não, Billie, eu não vou correr para longe como uma garotinha assustada. Eu aprendi uma vez com um demônio que lutar nós faz forte.

— Em que está pensando? — Saio do transe com Billie acariciando meu rosto com toques suaves.

Sorri abertamente para ela, nós estávamos sentadas no sofá grande, Billie estava virada para mim com seus olhos penetrante vidrados em mim. Depositei um beijo rápido em sua mão direita que acariciava meu rosto, observei ela sorrir me puxando para os seus braços, deitamos no sofá e deitei minha cabeça em seu peito.

— Em você. — Respondi, juntando nossas mãos encima da sua barriga.

— Em mim? — Perguntou surpresa, mas logo soltou uma risada gostosa de ouvir, assenti levemente com a cabeça. — Eu também penso em você.

— É surreal o que está acontecendo com a gente. Me diz que isso não é um sonho? Se for, eu não quero acordar, Billie — Levantei minha cabeça para encarar seu rosto, peguei ela me observando com seus olhos brilhando. — Os sonhos bons são aqueles que começa turbulento e termina da melhor forma possível.

— Quando eu olho para você, eu consigo sentir todos os sentimentos bons e surreais que alguém pode sentir. — Disse calma, fechei meus olhos com seu polegar direito acariciando meus lábios.

— Billie... — Abri meus olhos me deparando com os seus que estavam incrivelmente brilhantes naquela noite.

— Fico fantasiando que estamos juntas, e acabo esquecendo que estamos juntas. Agora que meu sonho se tornou real, como é que eu vou viver sem você? — Perguntou, sorrindo de lado para mim, mas acabou soltando uma risada em seguida.

— E eu fico fantasiando um toca disco novo — Fiz bico para ela que apertou minha cintura com seus braços. — Sinto falta de ouvir música enquanto fanfico algo contigo.

Billie arregalou os olhos para mim, soltei uma risada baixa, ela me acompanhou acariciando minhas costas nua.

— Devo confessar que você tem um bom gosto. — Disse, encostando a ponta do seu nariz no meu, sorri colocando minha mão direita na lateral do seu rosto.

— Agradeço meu pai por isso — Encarei seus olhos que estavam tão perto dos meus. — Eu consigo demonstrar meus sentimentos por elas.

— Sabe, quando eu ficava lá em baixo, no porão, eu sempre questionava sobre às músicas que colocava na madrugada — Desviei meus olhares dos seus, lembrava perfeitamente que naqueles dias foram complicados para mim. —  Você sabe que eu não queria ser arrogante com você no segundo dia que estava comigo, só não sabia agir com alguém tão interessante — Confessou, então olhei imediatamente para o seu rosto, ela me achava interessante.

Ficamos encarando uma a outra por um bom tempo, apreciar sua beleza se tornou um passatempo meu, fiz ela olhar para nossas mãos que estava juntos, beijei sua testa enquanto me acomodava em seus braços.

— Eu ainda sou um perigo para você, mas eu quero mudar. Me ajuda a mudar? — Perguntou baixo, assenti levemente olhando diretamente em seus olhos. — Eu me sinto tão humana quando estou com você, e animal quando estou longe.

Midnight | B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora