31. MIDDLE OF THE NIGHT

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Bufo cruzando os braços para Billie que me olhava com o ar provocante, bato meu pé direito no chão três vezes como uma criança birrenta na sua frente. Billie parecia que queria rir da minha situação, mas acabei me irritando, então gritei pegando um pisca pisca e enrolando em seu corpo. Quase enfiei o restante em sua boca para que parasse de rir.

— Era só um pinheiro! — Ando pisando fundo até a cozinha, desmancho o coque que fiz em meu cabelo na força do ódio.

— Você quer matar um pinheiro! — Exclamou, rindo.

— Mas... — A olho entrar na cozinha, meus olhos marejam sentindo uma ardência nos mesmos. Eu estava nos meus dias, e Billie parecia estar se divertindo com isso. — Me dê uma árvore de natal, Midnight.

Billie recuou na minha frente, negando várias vezes com as mãos. Saio de trás do balcão e a vejo dar alguns passos para trás. Eu sabia que seu demônio interior nunca iria dizer um não para mim.

— Não! — Exclamou, indo para a sala e sumindo da minha vista.

— Não se esconda — Billie havia ficado invisível, olho para o teto e os cantos da sala. — Por favor, Billie. Billie, eu queria apenas uma árvore, amor.

Espero uma resposta sua, mas faz dez minutos que aguardava uma manifestação sua, apenas abaixo a cabeça e sigo para a cozinha chateada. Ouso um estrondo alto vindo da sala, então olho para Midnight que estava na entrada da cozinha com seus braços afastados do seu corpo. Era inevitável não sorrir, bati palminhas calçando minhas botas, pois queria ir junto.

— Você não vai, Celeste. — Disse, abrindo a porta principal.

— Eu vou sim. — Digo, tentando abrir a porta da cozinha, mas estava trancada.

Corri até a porta principal ouvindo ela sendo trancada, cruzo meus braços irritada encarando midnight pela janela, rapidamente olho para as escadas observando shark descer apressadamente aqueles degraus, ele veio correndo na minha direção desajeitadamente. Suas patinhas da frente se apoiaram na minha perna, pego ele em meus braços, endireitei o laço vermelho em seu pescoço, Midnight observava aquilo silenciosamente.

— Eu e nosso “bebê” vamos ficar aqui te esperando então. — Digo irônica, ouvindo sua risada estridente em seguida.

— Puxou a mãe. — Disse irônica.

— Se tivesse uma casinha de cachorro nesse quintal, você poderia ter a certeza que dormiria nela hoje. — Reviro os olhos na sua frente, a vejo se aproximar na janela.

— E eu te buscaria para dormir comigo nela. — Disse em tom ameaçador.

Engulo o seco olhando em seus olhos vermelhos, quebramos o contato assim que seu corpo se virou para a floresta e saiu atrás de um pinheiro.

— Se eu não estivesse tão desabilitada, ela me quebraria naquela cama hoje. — Digo entristecida.

Me viro com shark em meus braços para a lareira ligada, acaricio o topo da sua cabeça vendo o mesmo gostar e fechar seus olhinhos. Algumas batidas na porta foram distribuídas, fico curiosa para saber quem é, pego a chave acima da bancada da cozinha. Antes de abrir a porta, coloco shark deitado no sofá, observo ele ficar no meio das almofadas, meus lábios se formaram um sorriso aberto ao ver aquela cena.

Abro a porta dando de cara com Amélia ensanguentada na minha frente, meu sorriso se desmanchou em segundos, encaro suas mãos trêmulas e alguns cortes profundos em suas pernas, aponto de jorrar sangue sem parar. Tentei fechar a porta, mas ela impediu colocando sua mão machucada no meio.

— Celeste. — Seus olhos escureceu, analiso seu rosto machucado, seu corpo foi para frente.

— Vai embora. — Digo, fechando minhas mãos em punhos.

Midnight | B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora