Pupila

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Chegaaay

Irei resumir a ópera, eu tinha um emprego, ai me surgiu outro emprego, e se não me bastasse virar o Julius, ainda resolvi começar uma pós graduaçao e agora vivo a base de ódio e tremedeira.

Espero que gostem, acho que capítulos mais curtos eu atualizo com mais facilidade. 

◇◇◇

Narrador

Juliette estava encarando o traseiro de Sarah, a fazendeira estava debruçada no galinheiro em busca de alguma coisa que a morena não sabia ainda deixando para ela a visão perfeita do seu traseiro.

- as vezes me questiono porque ainda estou tentando... – Juliette murmurou e Sarah assim que ouviu a voz da morena ao seu lado se afastou da casinha de madeira e abriu um sorriso a olhando.

- desculpa não ter ido para o nosso encontro, mas é que Theodora resolveu chocar um ovo, e a menina está a dois dias pra cima e pra baixo com ovo que ela pegou achando que vai sair um pintinho dali.

- e não vai? – Juliette deu uma risadinha.

- não... já que ela pegou o ovo da geladeira. – deu uma risadinha. – mas eu resolvi participar da brincadeira e vim sequestrar um pintinho pra ela tomar de conta. – abriu a mão e uma cabeça amarela minúscula surgiu piando como se sua vida dependesse disso.

- eu acho que vim numa hora ruim então... – ajudou Sarah a se levantar.

- não, veio numa hora boa.

As duas caminharam juntas em direção a casa, Juliette ficaria com Theo por alguns instantes enquanto sua irmã quebraria o ovo para simular o nascimento.

Juliette achava que aquilo tudo não daria em nada, mas Sarah parecia uma princesa da Disney que falava com animais e ela fez um verdadeiro teatro enquanto mostrava a casca do ovo quebrado e o pintinho com a metade da casca na cabeça.

- mamãe! Mamãe! – Theo segurou o bichinho com o máximo de cuidado e lhe fez um carinho de leve nas penas. – inho! Inho!

- isso querida... cuide dele... – Sarah tocou os cabelos castanhos da criança com carinho a aninhando em seus braços.

- Sarará... porque você faz essas coisas? – a morena resmungou tentando se afastar daquela bolha familiar.

- a psicóloga infantil disse que eu tenho que criar memórias afetivas com a Theo... isso ajuda na superação da perda dos pais dela... aos poucos vamos superar tudo.

- como eu posso odiar você? – Juliette praticamente se sentou em cima da sua cintura e a beijou por alguns instantes.

- você quer me odiar para conseguir sair daqui? – Sarah a olhou nos olhos e os seus âmbar na baixa iluminação da sala fez um arrepio gelado percorrer a espinha de Juliette. – talvez se eu te odiar, você também conseguiria ir embora?

- você não conseguiria me odiar, nem se eu te magoasse... eu sei disso.

- como você sabe?

- seus olhos, eles me dizem tudo o que sua boca se recusa a dizer.

- e o que eu quero dizer? – estava tão próxima dela que Juliette já conseguia sentir o perfume doce mesclado ao cheiro do galinheiro e fez uma careta, não era totalmente ruim... porém não era a coisa mais erótica do momento.

- sua pupila dilata quando me olha... esse é o efeito Juliette ou você ingere muito pó.

- droga... ter olhos claros as vezes me quebra. – fez um biquinho e a morena lhe deu mais alguns beijos.

A Fazendeira - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora