A Fazendeira - Sariette

Até as estrelas queimam...

I'm back

Bom domingo a todes.

Segue capítulo fresquinho.

♡♡♡

Narrador

Carla acordou aturdida, num momento estava completamente despreocupada em seu trabalho, e depois, passara a noite na casa de uma família que estava atendendo. E para piorar, estava responsável novamente pela criança.

Seu coração bateu dolorosamente pela adrenalina injetada por conta da ausência, não encontrara Theo deitada ao seu lado e isso fez com que ela adquirisse uma nova ruga.

O instinto a fez seguir pelos sons que vinham da cozinha, e ali encontrou a menina deitada no colo de Thaís e a peoa cantarolava alguma moda sertaneja.

- ela gosta... – Thaís sussurrou ao notar a presença de Carla. – foi dormir comigo na varanda, depois eu entrei com ela, a gente tomou um pouco de leite e ela quis ficar no meu colo. – Thaís olhou para a pequena que já demonstrava estar dormindo. – até que não é tão ruim... ela dormindo assim parece até um anjinho.

Caminhou até a sala onde Carla havia deixado um cantinho no sofá para a pequena deitar, e a peoa a colocou ali com cuidado e logo tratou de cobri-la com o manto.

- a gente pode dormir agora... – praticamente abraçou Carla com carinho a levando até o outro sofá e a aconchegou em seus braços. – quando Sarah voltar, eu vou te levar para a minha casa e vamos passar todas as noites juntas.

Apesar de tudo estar contra, mesmo se sentindo exausta pela posição ruim que dormira, Carla se sentia a pessoa mais estranhamente feliz naquela manhã.

Dona Célia tinha voltado, feito um café fresquinho e pão, o cheiro agradável mesclado ao bom humor de Theo tinha tornado os primeiros minutos de Carla adoráveis.

- onde está Thaís? – Carla perguntou ao não ver a peoa.

- deve ter ido trabalhar... vem tomar café vem. – a senhorinha a chamou.

- mamãe oh oh... – Theo apontou para a cadeira ao seu lado e a assistente social foi até a menina.

- bom dia querida. – beijou os cabelinhos castanhos.

- dia! – gargalhou alto.

- linda da tia... – Carla tocou as bochechas com carinho.

- quem diria que a dona Sarah um dia iria largar tudo isso aqui pra correr atrás de rabo de saia, esperaria isso de Thaís... de Sarah? Jamais... – a mulher riu.

- vocês do interior são uma caixinha de surpresa. – Carla se serviu de uma xícara de café. – mas se ela não voltar até eu terminar o meu café, vou levar Theo comigo e abrir um processo.

- ela não disse nada? Não deixou nenhum recado? – a mulher perguntou. – nem no zapzap?

- nada... entrou no carro e sumiu.

- minha nossa... eu acredito que a senhorita trouxe a menina pra ficar com a irmã, e se ela não está aqui... eu realmente não sei o que fazer.

- a senhora não conhece mais nenhum parente de Sarah? Talvez uma madrinha... a mulher poderia ficar como responsável até ela retornar.

- nada... dona Maria, a falecida... não era muito de fazer amizades... era filha única, única entre aspas, teve irmãos, mas um a um foi morrendo e só ficou ela, depois nem ela e Sarah é filha única, bom... era... até essa coisinha linda surgir. E agora só o que me resta é preparar um litro de café e te oferecer aos pouquinhos.