Sorte no Azar

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Chegaaaay

Nem demorei tanto dessa vez.

♡♡♡

Narrador

Não precisava ser um dos maiores gênios para ver que Thaís e Carla tinham uma conexão, era como duas almas gêmeas que haviam aguardado milhares de outras vidas para finalmente estarem juntas.

Juliette observava ao longe a interação esquisita da peoa sendo terrivelmente charmosa e paciente com uma loira baixinha dramática que resolvera ter uma crise de ciúmes enquanto estavam no hospital.

A morena sabia que a birra não seria para sempre, que logo as duas estariam se pegando novamente, mas o seu problema ali era o pequeno bebê que possuía apenas um nome de "batismo" e a sua própria conexão com aquela alma.

Sabia que podia proporcionar um lar estável a ele, um apartamento grande, um quarto confortável, plano de saúde, uma creche particular, e várias outras regalias que nenhuma criança que vivia naquela cidade poderia sonhar em ter, mas Juliette pensava se poderia ser uma mãe de verdade, se poderia fornecer uma educação respeitosa, se teria forças o suficiente para amar outro bebê.

Então outro rostinho entrou na equação, por alguns momentos se lembrou de Theo, sobre o quanto havia se afeiçoando a menina, seus olhinhos brilhantes e os cabelos no tom de chocolate, e ela era tão apaixonada pela pequena que tinha simplesmente deixado todas as suas reservas de lado.

Uma pequena novela surgiu em sua mente, onde poderia viver num mundo paralelo com Theodora, o bebê e a fazendeira, com alguns detalhes poderia se imaginar vivendo ali com eles, cuidando da casa e dos filhos enquanto aguardaria sua esposa para o almoço.

- terra chamando... um, dois, três... – Thaís estalou os dedos a sua frente e Juliette fungou.

- o mundo real é cruel...

- calma morena, eu só tava sugerindo a Carla da gente ir naquele barzinho tomar um pingado.

- aceito. – Juliette disse.

Era noite de uma quinta feira, Juliette já estava no terceiro copo, Thaís havia tido uma emergência de trabalho e teve que seguir quase que imediatamente, e Carla permaneceu ali bebendo um pouco com a amizade que havia feito por pura sorte do destino.

- não vou deixar você sair desse jeito. – Carla disse ao ver que a morena mal conseguia caminhar sozinha.

- um copo de coca gelada e eu to... novinha em... folha...

Algum tempo mais tarde, quando Carla a tinha finalmente conduzido até a pousada e fazia um caminho até seu quarto foi parada pela dona do lugar.

- você sabe que se trouxer mais alguém vai ter que pagar dobrado... – ela disse.

- sei... só adicione a minha conta. – Carla retrucou enquanto firmava Juliette em seus braços.

- e se lembre que isso aqui é uma pousada de respeito! Nada de safadeza. – Carla fechou os olhos com força e seguiu até o seu quarto deitando a morena na outra extremidade da cama, e ficou pensativa se retirava os sapatos ou não, mas assim que a morena se encolheu, ela não teve outra alternativa a não ser retirar, antes que sua cama ficasse suja de areia, para si mesma, deu preferencia a um banho antes de dormir, e assim que se aconchegou e fechou os olhos.

Claro que na manhã seguinte, não foi nenhuma surpresa para Carla acordar numa cama acompanhada com alguém além de Thaís, mas se surpreendeu ao perceber que em algum determinado momento da noite, Juliette havia praticamente se fundido ao seu corpo.

A Fazendeira - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora