Capítulo Tharla, pra quem pediu sobre a aventura dela em SP.
Escrevi essa coisinha aqui, espero que gostem.
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Narrador
Thaís estava em mais uma fila do drive thru, tinha adorado aquilo, no inicio até frescura de Carla, mas depois percebeu que os lanches eram realmente bons, incluindo os de frango.
Seu único problema era o óbvio, não queria voltar para a fazenda.
Tinha se perdido no shopping, e depois perdido o carro de Roberta no estacionamento, só com a ajuda de um segurança foi que conseguiu encontrar o veículo.
A peoa que andava com uma faca na bainha da calça tinha se tornado sensação no shopping, algumas pessoas achavam que ela fazia parte de algum cosplayer e pediam para tirar foto.
E estava numa das áreas de alimentação quando viu uma cena de um casal, o homem estava xingando a mulher e praticamente batendo nela, olhou ao redor e percebeu que as pessoas estavam apenas filmando o ocorrido, e quando o homem desferiu um tapa no rosto da mulher foi quando Thaís levantou furiosa, e não deu chance de resposta ao homem, logo seus punhos cerrados encheram o rosto do mauricinho de soco.
O homem ainda tentou lhe acertar algum golpe foi quando Thaís retirou a faca do coldre e colocou no pescoço dele.
- se estivéssemos na minha terra, essa hora tu já tinha virado ração de porco. – disse o olhando e ele estava vermelho em pânico.
A reação das pessoas ao redor foram mistas, algumas aplaudiram sua atitude e outras lhe chamavam de bárbara. Ela só saiu de cima do homem quando alguns seguranças se aproximaram e só então conseguiu caminhar tranquilamente até a sua mesa e terminar o seu lanche.
Tinha se dado mais uma noite naquela cidade pessoas tão frias e estranhas e já estava no balcão do KFC prestes a comprar mais um balde de frango frito quando Carla ligou para ela.
"sério que você foi apartar uma briga?" – Carla disse zangada do outro lado e Thaís sorriu, amava a voz dela.
"oi amor... como você sabe?"
"o vídeo da Indiana Jones está em tudo que é rede social... você é a sensação" – disse.
"poxa vida... como assim acabou o frango frito?" – olhou com tristeza para a atendente.
"Thaís... você precisa voltar antes que seja presa"
"esse lugar é estranho, não pode fumar aqui dentro, mas bater na mulher pode..." – negou com a cabeça. "vou querer então o balde de sorvete"
"a deus tanquinho pelo jeito..." – Carla gemeu do outro lado. – "venha logo"
"não sei como você gosta dessa cidade..." – olhou para alguns adolescentes que passaram usando roupas rasgadas.
"eu não gosto... eles só pagam bem."
"hoje eu não vou, porque um moço me convidou pra festa na rua augusta, você conhece?"
"RUA AUGUSTA? O QUE VOCÊ VAI FAZER LÁ?"
"vai ter uma festa... quero beber"
"você não vai"
"você sabe que eu adoro festa e beber"
"Thaís... você não vai e pronto, arrume suas coisas e volta logo."
"sabe, to olhando aqui pras minhas mãos e não tem nenhum anel de compromisso"
Carla soltou meia dúzia de palavrões e Thaís sorriu.
"amanhã de manhã eu to saindo, mas hoje querida, eu quero saber o que é rua Augusta"
Thaís já estava arrependida, o rapaz com quem tinha feito amizade agora era uma mulher, alta, maquiada e usava cabelos loiros, muito diferente do atendente de frango frito que ela conhecera.
O rapaz informou que ela era uma drag queen e se apresentaria numa casa de swing naquela noite e Thaís fez uma dancinha, pois achava que iria dançar muito e beber, nem era pra Carla ficar tão irritada no telefone.
Assim que entrou na casa, achou estranho ser tudo preto e havia uma placa na frente com os valores da entrada.
- como assim quem entrar nu não paga nada? – perguntou confusa. – as pessoas dançam pelada?
- você vai descobrir. – Vitor disse e ela apenas assentiu com a cabeça enquanto a levava até o seu camarim.
- quem é essa delicinha?
- uma amiga que fiz no trabalho, Thaís o nome dela. – respondeu ao homem baixinho que usava apenas uma calça de couro preta brilhante perguntou e Thaís acenou com a mão.
– nossa uma mana maromba, esse buço você fez onde? Perfeita. Tu canta moh?
- só depois da segunda garrafa de cachaça. – Thaís respondeu e os dois deram uma risada alta. – canto até em inglês.
- vem que eu vou te apresentar a casa! – a mulher saiu levando Thaís, e a peoa arregalou os olhos ao ver que aquele lugar era pra tudo, menos para dançar.
- pera... tá me dizendo que as pessoas vem aqui pra... coisar?– ela fez um gesto com os dedos e Vitor deu uma risadinha.
- swing né mona.
- menino... eu achei que era pra dançar, sou uma boa pé de valsa. – deu dois passinhos pro lado e ele riu.
- olha, aqui tu tem que saber onde pisa, se quer ser voyeur, tu senta ali no balcão e fica tomando uma dose só olhando mesmo, mas se você se sentar ali na poltrona. – apontou para onde alguns casais estavam sentados conversando. – alguém vai vir te convidar pro outro salão.
- outro salão?
- é... – Vitor abriu um pouquinho a porta e mesmo com a luz quase escura, Thaís conseguiu ver que algumas pessoas mantinham intimidade, uma na frente da outra.
- menino... menina... que isso... – colocou a mão na boca completamente chocada.
- isso meu amor... é o pecado. – deu uma piscadinha enquanto retirava seu roupão felpudo mostrando o traseiro e logo em seguida entrou no salão.
- meu deus... Carla vai arrancar meus dedos.
Por mais que quisesse aproveitar aquela noite, aos poucos Thaís foi se sentindo solitária, talvez ao ver os casais que entravam e logo estavam proclamando o amor que sentiam, a tinha deixado pensativa e ela só teve tempo de se despedir de Vitor, por sorte encontrara o rapaz na banheira completamente nu enquanto recebia um oral de outro homem.
- achei você. Então queria dizer que foi bom te conhecer, mas eu preciso ir embora.
- mas já... está tão cedo monah...
- eu sei, mas senti uma saudade da galega sabe... só quero ficar com ela agora.
- owwn que doce. – o homem parou o boquete e olhou para Thaís.
- to indo embora, boa noite ai pra vocês. Seus tarados. – deu um tchalzinho enquanto saia da casa.
Estava confiante que conseguiria chegar na fazenda sem se enfiar em alguma briga ou ver mais gente pelada.
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Esse capítulo era pra ser o encerramento Tharla, maaaas eu preferi dividir pq quero escrever um antes do final real.
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A Fazendeira - Sariette
FanfictionSarah Andrade levava uma vida tranquila entre cuidar das suas terras e do coração para que nunca se apaixonasse. Estava tudo seguindo como idealizara, até uma tempestade em forma de mulher lhe tirar do eixo. Juliette Freire é uma bancária que fora...