Hipótese

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Cheguaaay

Nem demorei tanto assim né? 😁

♡♡♡

Narrador

Sarah estava á alguns minutos parada diante da porta do chalé, uma indecisão interna lhe corroía as entranhas e a deixava de cabelos em pé.

- espero que você resolva entrar logo, porque estou prestes a trancar a porta e ir dormir antes que algum lobisomem apareça. – ouviu a voz da morena que vinha de dentro e soltou um suspiro antes de afastar a porta devagarzinho e entrar e deu um sorriso de lado ver que a morena usava um pijama cor de rosa com estampa infantil, seus cabelos estavam presos num coque acima da cabeça e ela parecia bem confortável sentada no sofá e lendo um livro.

- queria saber como você estava...

- depois de passar vários dias me ignorando? Você surge aqui a noite como um gato bisbilhoteiro. – Juliette colocou seu livro de lado, ainda conseguia enxergar alguns machucados nos braços da loira e sabia por Thaís que a fazendeira havia estado trabalhado duro para reconstruir o que tinha sido queimado. – enfim... o que quer de mim?

- vim conversar... – Sarah não tinha a menor intenção de conversar, mas a recepção nada acalorada a fez ficar na defensiva. – eu fui procurar um advogado que você havia recomendado... pra dar andamento ao processo do empréstimo que minha mãe tinha feito... liguei pro escritório lá na capital e enviei as fotos das papelada.

- e ai?

- de duas uma, ou vai dar certo, ou vai dar errado, a moça lá advogada me explicou que o banco possui um verdadeiro exército de advogados que processam todo mundo.

- é eu sei... por isso eu tentei te ajudar. – Juliette respirou fundo, normalmente as pessoas achavam que podiam fazer empréstimos, gastar loucamente no cartão de crédito que nada aconteceria, mas não era bem assim. – trabalho para eles há bastante tempo, e espero que você seja um daqueles casos milagrosos.

- existe realmente a possibilidade de eu perder tudo isso aqui? – Sarah perguntou, havia estado em choque nos últimos dias, um acumulo de angustias ficaram presas na sua garganta.

- sinceramente? Eu não sei... e mesmo se soubesse eu não trabalharia contra aqueles que pagam o meu salário. – disse ríspida, o suficiente para fazerem os pelos no corpo de Sarah se arrepiarem.

- é claro que não... que tola eu fui em ter vindo aqui, achei que depois de tudo você iria me ajudar. – deu um passo para trás e já estava prestes a alcançar a saída quando Juliette levantou-se e praticamente empurrou a loira contra a parede usando seu corpo contra o dela.

- o que acha que eu vou fazer? Dar um jeitinho aqui e ali pra aliviar a sua barra? – sussurrou baixinho.

- acho que poderíamos entrar num acordo se você quisesse. – Sarah a olhou, deixando que seus olhos âmbar iluminados pelo lustre brilhassem de paixão.

- está me oferecendo dinheiro?! – Juliette a soltou, aquilo era pior do que qualquer insulto que já havia recebido.

Não era sobre dinheiro que Sarah estava se referindo, já que a mesma não possuía nada.

- não é com isso que você trabalha? Não é só para isso que você se importa? Eu pago, qual o seu valor?

- você é patética... achei que fosse uma mulher integra e honesta...

- sou honesta com quem é honesta comigo, se você quer jogar, eu aceito o seu jogo, quanto quer?

De repente o jogo havia mudado.

A Fazendeira - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora