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Taina.

Três horas da tarde.

Passei a manhã e um pouco da tarde na casa do meu pai com a Lu. Quando terminamos nosso bolo, eu vim pra casa, na verdade passei no banco pra sacar o meu dinheiro desse mês. Aliás minha conta e a do Victor já está rendendo uma graninha extra.

Decidimos dividir de acordo com o que recebemos, uma quantia justa pra cada. Ele disse que já iria começar a juntar pra comprar o apartamento dele.

Tirei minhas roupas e fui pro banho. Precisava me arrumar pra sair com o Victor hoje. Marcamos de ir na Galeria, eu sempre quis ir lá, pra ser sincera com o meu pai, mas como ele nunca pode ou tem tempo, vou com meu ficante serio.

Me sequei e enrolei a toalha sobre meu corpo. Parei em frente ao espelho e peguei o secador que ficava no armário. Tive que lavar esse cabelo xexelento. Sequei ele e penteei logo depois passando um óleo pra deixar ele lisinho e cheiroso. Peguei a chapinha pra passar na minha franja e abaixar o volume dela, passei o óleo também e ajeitei. Guardei tudo no armário e escovei os dentes. Boca cheirosa pra beijar né amores, só o básico.

Sai do banheiro e fui me trocar. Separei um lookinho que eu amava. Uma calça pantalona mais puxada pra um branquinho com azul e pra combinar uma blusa branca de manga curta mostrando um pouco da barriga, não muito pra não ser exagerado. Coloquei um tênis amarrar braquinho, não ia mostrar muito porque a calça era cumprida. Me olhei no espelho e puta que pariu, que mulher.

Peguei algumas jóias prata e coloquei. De ouro não combina tanto. Me olhei no espelho e fiquei pensando se fazia um coque meio solto no cabelo ou deixava ele solto.

Coque.

Peguei o pente e fui ajeitando ele aos poucos pra ficar da forma que eu queria. Pós fazer o coque passei perfume e estava pronta.

Caralho, o Victor tem muita sorte.

Peguei meu celular e vi uma mensagem dele de 5min atrás.

"chegando..."

Desci lá pra baixo e peguei um pedaço do bolo que eu fiz, colocando em um pote de vidro com tampa. Peguei minha bolsa e guardei meu celular e a chave do apartamento depois que eu trancar a porta e levei o bolo no pote na mão mesmo.

Peguei o elevador e desci até a portaria. Passei pelo porteiro e lhe-dei boa tarde. Ele me respondeu com um sorriso e uma balançada com a cabeça.

Sai pra fora e ele vi ele chegando. Esperei até que o carro dele parasse do meu lado. Ele destravou a porta e nada de sair do carro.

As vezes falta romantismo pro Victor.

Abri a porta do carro e entrei com cara de cu pra ele.

ㅡ você não queria que eu abrisse a porta né? ㅡperguntou percebendo minha indignação.

ㅡ talvez seria o mínimo Victor! ㅡreclamei.

ㅡ a... para vai, você sabe que não sou assim Taina! ㅡdisse virando pra frente e ligando o carro.

ㅡ é difícil descer e abrir a porta?

ㅡ é difícil não pirar com coisa tão boba? ㅡele respondeu pondo seu olhar sobre mim.

ㅡ "boba" ㅡfiz aspas com os dedos e soltei um riso frustrada.

ㅡ não tô afim de discutir não, por favor! ㅡpediuㅡ para de ver problemas nessas coisas, só curte Taina! ㅡdisse simples.

ㅡ ok! ㅡencerrei o assunto.

Ele ligou o carro e acelerou. Fiquei em silêncio o caminho todo, guardei o bolo dentro da minha bolsa, por sorte cabia. Ele nem se deu conta do pedaço de bolo.

𝗔 𝗹𝗼𝘃𝗲 𝗼𝗻 𝗶𝗰𝗲 ㅡ (Tainactor) Onde histórias criam vida. Descubra agora