Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]

Capítulo 9 - Parte 3/4 - Sombras do Futuro

Mahina conseguiu juntar força para criar um tufão em velocidade relâmpago, que se expandiu varrendo para longe a lava e as pedras, liberando-a para se mover novamente. Porém, não foi só isso, as pedras ejetadas atingiram Jana de surpresa, colidindo com toda a velocidade furando e rasgando seu tecido corporal. Como você já deve ter imaginado, a forma corporal dela só se transmutou em lava, e de uma inimiga, surgiram duas: uma é a Jana e a outra a Jata.

— TÁ DE SACANAGEM?! — Exclama Mahina, eufórica, segundos antes de levar um mega coice aéreo de Cavaleiro.

O hipogrifo desceu como um falcão peregrino, mergulhando no ar como uma agulha, e na hora exata, dá uma cambalhota para alinhar suas pernas ao corpo de Mahina e golpea-la, lançando-a para longe. Mahina é parruda, então após frear e se recuperar da pancada, ela olha com um olhar sádico e vingativo contra o hipogrifo que vinha em sua direção.

— Agora é o troco, gato maldito! — Enuncia Mahina, contraindo com força suas mãos, em ansiedade até o momento certo de atacar.

Em uma inspiração, ela enche o pulmão com o máximo de gás possível, e na expiração, ela usa as runas do ar para soprar com a potência de uma turbina de avião. Cavaleiro mal teve chance de entender o que aconteceu, ele apenas se viu frear e ser levado pela corrente numa colisão violenta com a parede, tanto que espalhou uma enorme quantidade de poeira pelo cenário.

Simas estava montando uma arena de batalha usando seus saltos e seus trampolins, através deles, ele se movia em alta velocidade, fazendo curvas absurdas e colidindo com várias paredes sem sofrer nenhum dano. Tudo isso enquanto fugia e atacava labaredas de lava que convergiam em sua direção.

Ao ver o ataque a cavaleiro, no meio do ar, Simas sentiu seu ódio e suspeitas confirmarem-se. Sem pensar duas vezes, ele saca seu bastão pirotécnico de sua cintura, ajusta sua rota para alinhar-se com a rota de Mahina e dá uma pancada na cabeça dela. O golpe foi extremamente forte, até para a runa de super resistência, tanto que Mahina entrou em queda livre após perder o controle dos sentidos.

Alexa brandia bastões de luz gigantes que ela havia conjurado e os usava para golpear a lava que vinha em sua direção. Algo havia de errado... Tinha de haver alguma coisa controlando aquilo tudo... Mas onde procurar?

A resposta foi bem simples: ela não precisou achar ninguém, eles que acharam ela. Ela ouve um projétil vindo em direção a suas costas. Imediatamente conjura uma rosa dos ventos, seja o que fosse, iria parar.

A onda de impacto colidiu com um jato de água, disparado de seu amigo Katsuo. O golpe o derruba e cancela o movimento de toda a água que ele havia conjurado. Alexa imediatamente se arrepende e começa a correr na direção dele.

— KATSUO! AÍ, KATSUO! ME DESCULPA... EU... — E então nota que havia algo de errado: na sua rota até ele, deveria haver a água jogada no chão, porém, ao olhar mais atentamente, viu que era na verdade lava.

Não podia ser... Mas era!

O corpo do Katsuo falso durou o suficiente para erguer o rosto, abrir os olhos e a boca, embebidos, ensopados e esborrando lava, tudo isso instantes antes de suas feições se desfigurarem e ele se tornar uma massa amorfa de lava. Na sequência, como de praxe, a lava se dividiu em dois, tornando-se Thor e Ártemis, ambos conjurando canhões e peixes voadores, prestes a sair por aí. De um lado dois clones de lava passíveis de mitose por destruição, do outro labaredas teleguiadas que não paravam até te destruir. Alexa estava cercada.

Ártemis havia terminado sua grande conjuração: A espada de Perceus. Essa é uma das oito armas superiores dos xamãs. Ela consiste basicamente em um molde tridimensional de uma espada, constituído de linhas luminosas que enjaulam um campo de força coletor. Basicamente, essa espada é capaz de assimilar para dentro de si qualquer coisa que tocar e for pequeno o suficiente para caber no grande espaço interno de constante turbilhão.