Capítulo 11 - Parte 3/4 - A Grande Conspiração

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Por sorte, eram humanos muito resistentes a mudanças de pressão - tinham de ser, do contrário, seus ancestrais não teriam sobrevivido à fúria dos oceanos. Por isso, suas cavidades internas não explodiram com a variação brusca de pressão.

Soltos no ar, Katsuo, Cavaleiro, Ártemis, Thor e Mahina alçam voo para evitar a queda e os destroços que caiam sobre suas cabeças. Alexa usa o feitiço pátio de luz, criando uma plataforma mágica que ela pôde pisar e se proteger com disparos mágicos das pedras. Jana e Jata eram bruxas, por isso, usaram o feitiço para criar uma micro ilha flutuante cada. Simas usa uma poção de inversão gravitacional e começa a cair na direção do céu, pousando com cuidado das pedras e saltando de uma para a outra.

— SIMAS! — Grita Ártemis após jogar uma bolsa com os frascos de poção roubados de Aritana.

Não foi fácil, ele teve de pular algumas pedras, mas conseguiu pegar, ao ver o conteúdo, quase explodiu de alegria.

— ESSA É A MINHA MULHER!!! — Berra.

Eles estavam bastante afastados, não tiveram tempo de se reagrupar antes da nova onda de combates começar. A primeira surpresa veio quando Katsuo voou para proteger Ártemis enquanto ela conjurava armas de arranjo superior. Uma pedra ascende na direção de Katsuo, o que era estranho, elas normalmente caiam, como era possível?

Koichi era a resposta, voando como um foguete, disparava todas as pedras que conseguia catar com um campo gravitacional emulando telecinese. Esse era um jogo que dois podiam jogar. Ao receber a confirmação visual de Ártemis, Katsuo mergulha evitando as pedras e se aproximando cada vez mais.

Koichi desistiu de atirar pedras e decidiu carregar um soco com seu ricochete. Katsuo percebeu que o ricochete acumulado vinha do arremesso da erupção da fortaleza, ser acertado por tal poder era quase uma sentença de morte. Por isso, Katsuo freia e torna-se invisível. Koichi berra de frustração. Ele estava lutando tão emotivo, à beira de uma erupção, que nem pensou direito e gastou a energia do seu golpe em uma onda tridimensional, diluindo a potência o máximo possível.

O caçador de recompensas se protege jogando duas pedras na sua frente, bloqueando a onda de impacto. Mesmo diluído, o golpe ainda conseguiu esfarelar as pedras de Katsuo, ele aproveitou isso e empurrou a fumaça para Koichi, desorientando-o novamente. Katsuo tenta pescá-lo com um chicote de água, porém, Koichi lava os arredores usando magia de água e joga a lama contra o chicote de Katsuo.

Simas também era alvejado com pedras, as vassouradas cardeais de Jata carregavam pedras contra ele vindas de todos os quatro cantos. Reabastecido, Simas impede as colisões com poções de granada, não estava em posição de fazer muito mais. Vendo a inutilidade de seus golpes, Jata troca de estratégia e invoca uma erupção de seu cajado, emergindo lava e destroços. Simas usa o que sobrou da carga atual de ar comprimido para saltar de uma pedra(ele estava com a gravidade particular invertida), evitando a lava, jogando uma bola chiclete em uma das pedras e se redirecionando para a bruxa, brandindo as chamas de seu bastão. Jata faz uma manobra arriscada, usa a decolagem foguete para avançar contra o alquimista, e no meio do ar usa a cabeça de dragão para disputar mais um duelo de chamas.

Dessa vez ela não perdeu o embate, mas também não venceu. Eventualmente, o calor do ar explodiu a zona de colisão das chamas, jogando ambos para trás. Jata cria oito pequenos raios globulares que pairam em cima de sua ilha e se ligam usando lampejos elétricos. Não eram raios quaisquer, os lampejos funcionaram como uma cama elástica, mas só para seu cristal, qualquer um que atravessasse ali tomaria choque. Jata colide o seu cristal e usa a força de ricochete para pousar em relativa segurança na sua ilha.

Ou era o que ela pensava, pois vinha uma bola de neve que Simas jogara no meio do ar, com grande tamanho acumulado. Jata cria uma árvore de emergência a partir de seu cristal e rebate o projétil para longe. Simas pousou com a bola de chiclete em uma pedra, já chegavam das últimas levas de "chuva", salta e dispara ácido de seu tanque por sua mangueira. O ácido consome a árvore e obriga Jata a conjurar uma marionete de folhas e fazê-la deitar para aguentar o golpe. Simas troca o compartimento, disparando o vapor num jato de alta pressão que fatiou as folhas. Jata teve de esquivar de última hora, mas quando se reposicionou, disparou um fogos de artifício. Simas explode o projétil com uma granada, salpicando água quente para todos os lados. O efeito da poção de inversão tinha acabado, e Simas agora caia à favor da gravidade, cada vez mais próximo de Jata.

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora