Capítulo 12 - Parte 4/4 - A Guerra no Céu

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Alexa explica o plano para todos e todos concordam em executar. Simas faz o navio se esgueirar pelo terreno montanhoso e sumir de vista.

Por conta da perda de contato visual, o Espírito do Norte poderia estar em qualquer lugar, então, os barcos foram obrigados a se separar, se aproximar, e vasculhar cada singular canto. Tiveram azar, afinal, em um ambiente tão montanhoso como esse, frestas lugar para se esconder era o que mais tinha.

Óbvio, também não era a melhor opção para a Lua Nova, mas o que eles podiam fazer? Se fossem encontrados antes de atacarem, seria o fim. Por sorte, Simas era especialista em espreita, pois teve um ótimo professor. Simas parou o barco em um ângulo perfeito: capaz de ver o inimigo antes de serem vistos, e caso alguém caísse na mira, já era...

Os deuses deveriam estar torcendo por eles, pois foi exatamente o que aconteceu. O pobre Rosas, não foi hábil em enxergar o disparo de uma corrente da serpente gigante, junto com o arranque silencioso do barco somado com a conjuração de uma espada mágica do cruzeiro do norte, mais comprida que o próprio navio.

O Rosas, preso, não pôde fugir, apenas viu o Espírito do Norte se puxar ferozmente em sua direção e atravessá-lo com a espada mágica. Assim como Ocelote, o barco se partiu. As duas metades e a tripulação foram empurrados na direção do movimento e caíram por entre as montanhas. Foi impossível não ouvir o estardalhaço. Logo todos se aproximaram para investigar as redondezas.

Simas ativou a camuflagem do navio e voou lentamente por entre as montanhas, tentando achar um novo esconderijo. Por sorte, acharam outro lugar não tão bom, mas que com sorte, conseguiriam executar o mesmo golpe.

A sorte lhes sorriu mais uma vez. Mais um navio foi fisgado, puxado e abatido. Foi a vez do Colosso pagar o pato. A invisibilidade desliga, mas não serviria mais de nada, todos os barcos já avistaram sua posição e começou a nova chuva de disparos, em geral, rajadas de fogo e lasers coloridos.

Esse era o momento que Alexa e Thor estavam esperando. De mãos dadas, Thor transferia suas energias para Alexa, numa sensação parecida com o que houve no altar, mas nem de perto igual. Com tudo canalizado, Alexa libera toda a energia conjura de uma vez, ela chamava de magia dos clones ilusórios.

De repente, o que era a imagem de apenas um Espírito do Norte se multiplica até 50 outros navios, e cada um desses 50 navios multiplica-se em mais 50, totalizando 2551 barcos que voaram para todas as direções possíveis. Não eram barcos reais, eram apenas ilusões, mas ilusões fortes, que custavam para serem destruídas, exigiam que alguns disparos de navios desfigurassem sua imagem e ele evaporasse em luz. Mas como dito, era difícil.

Um minuto se passa e ainda haviam 2500 barcos voando para todos os lados, se misturando e se rodeando, tornando impossível identificar quais eram falsos e qual era o verdadeiro.

Tudo estava bem, o Espírito do Norte fugia na direção da fortaleza, não para entrar, mas por que alguns quilômetros à frente já era possível ver a borda da ilha, se eles a alcançassem, achá-los se tornaria impossível.

Para o azar deles, Sayuri estava lá para estragar os planos. Ela surgiu tomada de raiva, à beira de uma erupção mágica, carregando inúmeros raios consigo. Sayuri joga todos eles ao céu, excitando as nuvens e invocando uma tempestade elétrica.

Através de seus poderes, Sayuri conseguia eletrificar as nuvens até que elas gerassem raios sozinhas, e nesse processo, ela gerava muitos raios. Os raios, pela sua alta taxa de energia e quantidade de luz, eram capazes de desfigurar as ilusões muito mais fácil que os disparos de barco, com um alcance muito maior. Quando a maioria dos barcos mais longínquos havia desaparecido, o que voava na direção da fortaleza chama a atenção dela e lhe gera uma forte intuição.

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora