Capítulo 15 - Parte 1/3 - O Temido Reencontro

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Simas, a noroeste de Alexa, encontra uma cúpula formada por duas meias esferas. A esfera de cima era composta por ar, a esfera de baixo era composta por água , sendo 15% menor que a semiesfera de ar. A diferença de volume entre as esferas formava uma borda onde haviam vários papéis em escrivaninhas. Parecia um laboratório gigante de alguma coisa. Simas não era losariano, ele não fazia a menor ideia do que significavam as inscrições e desenhos na parede

Indiferente a tudo, começa a caminhar pelo corredor curvo até ser surpreendido por uma cômoda. A cômoda salta e toma a forma de uma alquimista: Mayara, que solta um lampejo de luz de sua luva ao apertar o botão do dedo indicador. O lampejo era o fogos de artifício alquímico, ele não explodia em água quente como o fogos bruxo, mas sim em outras explosões menores. Simas acaba por ser pego de surpresa, tomando as explosões, recuando e sacando a mangueira em sua cintura para disparar óleo fervente contra Mayara, ao mesmo tempo que se injetava a poção de adrenalina.

Mayara bebe a poção de pastilha preta e começa a cuspir um ar frio e enevoado, neutralizando a fervura do óleo, congelando e indo atrás de Simas. O Místico joga uma granada que neutraliza o avanço do gelo, permitindo-o sacar o seu bastão de fogo e batê-lo com força no chão, gerando uma onda de calor que varre o restante do frio. Simas vê a alquimista morder algo que quebra em sua boca.

— Pela grande árvore! Você comprou essa poção daquele alquimista mequetrefe? — Pergunta Simas, indignado.

— Claro! Ela tem 4 vezes o poder de uma poção de pastilha preta normal e a metade do preço... — Argumenta Mayara.

— Preço?! Você compra suas poções?! — Simas estava embasbacado.

— Ahhnn? Dur!!! — Debocha Mayara.

— Você tem alguma ideia de que isso foi feito a base de alquimia proíbida? — Pergunta Simas.

Mayara beija audivelmente a ponta dos dedos e ergue suas mãos.

— O aroma de osso de dragão é inigualável, não é? — Debocha Mayara.

Simas faz uma cara de pura aversão.

— Você me enoja... — Declara Simas.

— E você me dá tédio! — Diz Mayara antes de sacar de sua bolsa de poções um frasco cheio de cristais dentro.

Quando ela abre a tampa, os cristais começam a escoar, mesmo contra a gravidade, mas não fogem totalmente da garrafa. A partir da boca da garrafa, os cristais projetam uma espécie de chicote mágico, pois o fio era formado por cristais flutuando e girando uns em torno dos outros. Simas começa a girar seu bastão, acumulando fogo na labareda circular gerada pelo movimento. Os dois avançam, Mayara faz o movimento de chicotear, Simas defende-se metendo as labaredas no ponto médio da corrente de cristais do chicote, partindo-o ao meio e engatando um disparo de fogo.

Mayara dá uma cusparada que freia o avanço daquele fogo. O fogo começa a ser consumido pelo gelo até Simas girar o bastão para lançar mais fogo e vencer o sopro frio. Mayara sopra mais forte e balança seu chicote que havia regenerado, como se nunca tivesse sido torado, para bater em Simas. Simas para de lançar fogo, salta usando o bastão como apoio para evitar o sopro gélido e quando o chicote chegou próximo o suficiente, ele faz seus cristais enroscarem na ponta do instrumento, bem próxima ao disparador de fogo.

Simas atiça o fogo de seu bastão, na esperança de derreter os cristais de gelo. Começa a acontecer um pouco, mas Mayara impede o processo ao parar de cuspir e puxar o chicote de volta. Como o chicote não tinha um fio sólido e convexo, ele tinha a capacidade de seu comprimento se desenroscar de qualquer coisa instantaneamente, bastando apenas desvencilhar os cristais de gelo do chicote e depois ligá-los novamente. Mayara, após recolher o chicote, dá outra lapada, bloqueada por um disparo de fogo do bastão de Simas. Mayara tenta novamente, mas Simas bloqueia com outro disparo.

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora