Capítulo 12 - Parte 3/4 - A Guerra no Céu

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— MUDAR ESTRATÉGIA! — Ordena Ártemis — Simas, Cav e Thor! Invadam a tripulação inimiga de um dos navios e derrubem-no por dentro!

Eles assentem com a cabeça e saem dos painéis de armas. Ártemis ativa os canhões laterais do navio, que começam a disparar peixes mágicos, da constelação de peixes, que rapidamente se espalharam pelo cenário. Os peixes conseguem absorver os disparos de energia efetuados pelos inimigos e continuar sua rota, disparos como pedras de gelo ainda eram capazes de explodi-los.

Quando os peixes chamaram atenção suficiente, Ártemis trava como seus alvos os 3 navios bruxos, e então, as bolhas começaram a seguir os alvos por várias rotas diferentes, e eram muitas bolhas. Tais bolhas, se destruídas - e elas estavam sendo - estouravam e liberavam um enxame de moscas que eram invisíveis de tão pequenas a distâncias tão longas, e tais moscas, se grudassem no casco de um navio, explodiam e geravam um pequeno furo, e com muitas dessas moscas, a estrutura poderia se abalar. Se um peixe inteiro atingisse um navio, ela gerava uma grande explosão, ainda mais se já tivesse "engolido" um disparo de energia.

Sayuri avançou sozinha chamando muita atenção para si, lançando shurikens elétricas que acabavam por eventualmente atingindo e atrapalhando o percurso dos navios. O Jaguar decide avançar sozinho contra ela, Mayara acreditou que uma maga sozinha não conseguiria derrubar um navio inteiro e achou melhor mantê-la fora da luta enquanto ela e seus aliados já tinham peixes e moscas demais para cuidar.

O navio dispara ácido contra Sayuri, que não recua nem desvia, mas o usa o líquido como fio condutor até o navio. O problema é que ele foi atingido em seu cristal, responsável por absorver e emanar energia. Mayara, a piloto, decide ativar a função de absorção de energia, criando um link entre a mana e as runas de Sayuri e o cristal. Era como se sua energia estivesse sendo sugada, como se o raio que saísse de suas mãos estivesse escorregando e não sendo empurrado. Ela não gostava disso e não conseguia sair, ao mesmo tempo não queria, sua prepotência era tanta que suponha ser capaz de vencer um cabo de guerra mágico com um navio.

Ela não se alterou, manteve-se calma durante o processo e concentrada, MUITO concentrada.

— Lembre-se do que seu professor te ensinou... — Diz Sayuri para si mesma.

Ela começa a fazer uma dança com os braços ao redor do ponto de conjuração de seu raio, como se ele estivesse alisando uma esfera de vidro. O raio começou a mudar de cor, quando saía das mãos de Sayuri, ficava azul, quando era sugado, ficava vermelho. O que Mayara não esperava, era que eventualmente ele fosse começar a brilhar roxo, que foi de um roxo fraco, para um forte, e depois um muito forte. A luz quase formava um farol que iluminava toda a batalha. Mayara começou a questionar se Sayuri era realmente o monstro que diziam ao ponto de vencer um navio numa disputa mágica, por isso, decidiu fazer o inverso, no lugar de emanar energia, disparar.

Era isso que Sayuri queria. Com seus raios, ela tinha invadido a estrutura interna do cristal e começado a danificar, derretendo pontos específicos do cristal. Quando o cristal foi reativado e quis começar a disparar energia novamente, o calor do aquecimento começou a fazer o líquido de cristal derretido querer se expandir, mas não havia mais espaço para expansão, então o fluido apenas aumentou sua pressão. A pressão foi aumentando até um ponto que rachou vários pontos da estrutura inteira, e com a rachadura, veio a explosão, e com a explosão, vieram mais rachaduras e assim entrando numa reação em cadeia.

Pedro que estava controlando as armas e os sistemas internos viu o nível de aquecimento do cristal subir muito rápido de uma hora para outra. Foi ele quem a salvou quando o navio explodiu em uma chuva de glitter roxo e amarelo incandescente. Sayuri gargalhou vitoriosa, apreciando sozinha seu novo feito.

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora