Capítulo 12 - Parte 1/4 - A Guerra no Céu

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— UHU! — Uiva Thor, comemorando, na suposta segurança do navio — MANDOU BEM KATSUO! Pegou todo mundo de surpresa!

— Argh! — Suspira Katsuo, manifestando a dor que foi fazer dois movimentos mágicos fortes e bruscos — Eu não acho que foi bem assim...

— Como assim? — Pergunta Alexa.

— Eles não estavam me procurando, nem a mim, nem a Sayuri, nem no mínimo estavam vigilantes com a nossa aproximação — Reflete Katsuo — Eles queriam que a gente fugisse!

— Por que eles fariam isso? — Indaga Alexa, pensativa.

— Por que eles querem brigar! — Informa Simas, olhando para trás do navio, do parapeito do convés principal — Manobraram o navio e estão vindo em nossa direção... Eu digo para lutar e entregar esses traidores à Aliança! Temos o pergaminho para provar que eles executaram ordens suspeitas, depois que os juízes lerem aquelas acusações patéticas vão saber que só fizeram isso pelo caos que geraria... Vamos esmagá-los!

— Simas! Estamos cansados! Lutamos o dia todo enquanto eles acabaram de chegar! — Protesta Ártemis.

— Já descansamos o suficiente! — Assegura Simas — Vocês ainda tem a poção de adrenalina, não tem? Ela garante 6 horas de alto desempenho! Ela cobra o preço depois... Mas é só de emergência! Não precisamos disso! Vencemos eles facilmente! Somos 7 contra 6!

— 7 Contra 7 — Corrige Thor.

— Que se dane! Temos a Sayuri e um gato mágico super poderoso! Não temos como perder! — Encoraja Simas.

— Eu não quero lutar! — Avisa Sayuri.

Um silêncio de meio minuto pairou pelo convés do navio. O único som era o vento gelado das montanhas enevoadas e a aerodinâmica do navio cortando o ar como uma lâmina. Sayuri dirigia concentrada em sua rota, enquanto Simas, Katsuo e os outros tentavam processar o que ela havia dito.

— Como assim, VOCÊ não quer lutar? — Pergunta Thor, finalmente quebrando o silêncio, pondo uma ênfase grande na descaracterização que viu acontecer em sua frente.

— Vocês veem as pedras? — Pergunta a maga apontando para o céu — Elas foram expelidas da fortaleza e se ordenaram em uma trilha.

Quando foram reparar, viram que era verdade: pedras que constituíam as paredes brilhantes da fortaleza flutuavam no ar ordenadas em arcos de circunferência. Eles pareciam formar um corredor com rumo ao desconhecido. Era muito difícil de discernir a imagem das pedras minúsculas naquele cenário colossal, mas por sorte ou azar, elas ainda conservavam as pinturas com brilho laranja. Só assim para identificar um objeto cinza num mar de montanhas negras cheias de neve.

— Acho que eles levam para a recompensa da missão, o desafio ainda não acabou! — Anuncia Sayuri.

Simas fica boquiaberto com o raciocínio dela.

— VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? — Pergunta Simas — Eles não vão nos deixar ir para lugar nenhum! Precisamos atacar primeiro!

— Não! Precisamos ir embora agora que temos a chance de sair dessa loucura! — Propõe Ártemis.

— E eu digo para terminar o que começamos! Huh! Sayuri não ficará conhecida como uma covarde! — Assegura Sayuri.

— AHHHHHHHHHH! — Percebe Katsuo — Agora eu entendi! Agora eu saquei! É por isso que você quer tanto isso, não é? Não é para proteger a Aliança, ou o mundo, ou por que é mais seguro, Não! Tudo é uma questão de ego, né? Sempre foi... A grande Sayuri nunca recua de um desafio! A grande Sayuri é invencível! Imparável! Implacável! Mas ainda assim precisa ficar se provando para si mesma todo santo dia! Do que é que você tem tanto medo?

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora