Capítulo 15 - Parte 3/3 - O Temido Reencontro

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Bem distante dali, Ártemis encontra uma saída do labirinto. Com medo de encontrar alguém lá, Ártemis desenha a constelação do camaleão, que gera um orbe que cria um campo de invisibilidade. Ártemis se aproxima da porta segurando a orbe próxima dela e encontra Erasto de guarda em um grande coliseu, do tamanho de um campo de futebol. Ela recua e pensa em suas opções.

Erasto era aprendiz direto de Salazar, segundo ele. Salazar é um dos bruxos mais excepcionais de toda a Narviriam, se é verdade o que ele diz, então ele deve ser um desafio e tanto. Ártemis tinha completa noção de suas limitações, podia ser uma grande mestra graduada, mas não era a melhor lutadora. Todavia, ela não podia deixá-lo lá sozinho. Seria um grande pé no saco se por um acaso aparecessem aliados para defendê-lo, permitindo que ele usasse magia indiscriminadamente. Ela podia trancá-lo com magia de alguma forma, mas não adiantaria, ele arrumaria um jeito de sair.

Não! O plano envolvia lutar e derrotar os alvos e é isso que ela iria fazer, mas não sem se preparar antes. Xamãs conseguem criar uma grande variedade de objetos e armas apenas através de combinações entre as constelações básicas em diagramas elementares. Não consumavam fazer tanto isso durante as batalhas devido ao tempo que demora para desenhar o sistema mágico desejado. Também não costumavam fazer isso antes das batalhas porque criações desse tipo evaporam em chakra com o tempo, na esmagadora maioria das vezes, as armas já teriam sumido antes mesmo da batalha começar.

Mas esse caso era especial, Ártemis estava diante de um inimigo que não ia fugir, por isso, aproveitou para se preparar o quanto fosse necessário. Indecisa sobre o que fazer, decide voltar para a sua estratégia de focar no básico. Ártemis desenha uma constelação de Andrômeda e a põe em seu pulso direito. O símbolo se prolonga até se encontrar do outro lado, formando uma espécie de pulseira tatuada. Assim como ela tinha próxima a seu ombro esquerdo, para guardar as peças de armaduras. A "pulseira" lhe deu oito vagas para guardar o sistema ou círculo que quisesse. Ela decide desenhar sete dos oito arranjos superiores: Dragão, Perseu, Fênix, Rio, Graça, Ursa, Índio, não precisou guardar o pavão, afinal ele flutuava atrás dela, bastou conjurar e deixá-lo armado. No lugar que ficaria o pavão, ela desenha o sistema do escudo, achou que fosse precisar. Replica o processo inteiro no pulso inteiro e cria outro pavão, tendo agora 30 lâminas em seu arsenal, 16 arranjos superiores e 2 escudos reforçados.

Achando pouco, cria mais duas rodelas de andrômeda, onde deixa 16 lebres, só para garantir. Havia um jeito de combinar lebre e peixe voador, mas ela não sabia fazer e não estava com tempo de descobrir, já estava a quase 10 minutos se preparando pra luta entre pensando o que criar e desenhando o sistema. Já basta! Estava pronta para enfrentar até Sayuri... Bom, mas e agora? Ela anuncia a luta e começa de maneira justa? Hmm... Nah! Ele não começou atacando com aviso, merece o mesmo tratamento.

Ártemis aproveita a invisibilidade do orbe flutuante de invisibilidade para sacar a bazuca e disparar. Infelizmente Erasto percebe a tempo e usa a decolagem foguete para escapar: consistia em disparar fogo pelo cajado e usar isso como propulsão para voar como um foguete.

— Minha cara Ártemis! Isso não é jeito de...

Erasto é obrigado a usar outra decolagem foguete, pois Ártemis não estava a fim de conversa e disparou outra vez. Erasto envia um fogos de artifício para a posição dela, ela guarda a bazuca na "pulseira" de Andrômeda enquanto criava um peixe voador para subir em cima e sair voando para esquivar da explosão de água fervente. Erasto conjura a marionete de folhas, um feitiço que criava um amontoado de folhas que girava como um cardume mantendo uma forma humanóide. Quando Ártemis vê as folhas se aproximando, saca a espada de Perseu.

Essa espada tinha aproximadamente 10 metros de comprimento e funcionava mais como um campo de força, tanto que ela não era formada por placas de magia narluriana sólida, e sim, uma película translúcida limitando um campo de força. Qualquer coisa que fosse tragada para dentro do campo de força ficava dentro da espada e poderia ser usada para colidir com inimigos ou ser disparado em uma esfera compacta de todos os corpos assimilados para dentro do campo de força da espada.

Traidor do Sol [VERSÃO ANTIGA]Onde histórias criam vida. Descubra agora