Talvez seja nós (Jenna Ortega and You)

cap 17

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Pov S/n.

Acordei primeiro que todo mundo na casa e fui para a cozinha comer algo. Assim que me sento na mesa de fora da casa para comer ouço um barulho e vejo que meu irmão havia levantado e estava vindo em minha direção.

- Bom dia.- beija minha cabeça e se senta ao meu lado.

- Bom dia, amor. Dormiu bem?- dou uma mordida no meu pão e olho para ele.

- Dormi sim. Tá mó solzão hoje.- coloca a mão acima dos olhos e se vira para mim, me encarando.

- O que foi?- pergunto um pouco assustada.

- Posso te perguntar um bagulho?- fico tensa, mas faço um gesto positivo. - O que tá rolando entre você e a Jenna?- indaga simplista e eu penso se falo a verdade ou não.

- Olha... Nós não temos nada sério, mas a gente tá dando uns beijos e eu tô gostando disso.- um silêncio se fez entre nós, mas não algo desconfortável.

- Tendi. Só te perguntei porque percebi uma coisa diferente entre vocês duas... Mas me conta ai, desde quando tá rolando?

- Desde o dia do evento.- respondo meio envergonhada e olho para ele.

- Tá porra, nem levou pra um jantar antes cara.- diz e eu dou risada.

- Um de nós tínhamos que ter herdado a atitude, né? Porque você na primeira vez que viu a Tainá, ficou de costas pra ela. E detalhe, vocês só se viram pessoalmente porque ela te chamou pra casa dela.- dou um gole no meu copo, que tinha leite e café quente.

- Nem me lembre disso, era capaz da gente tá só no "oi" até hoje se dependesse de eu chamar ela pra sair.- pior que não é mentira, o Victor é muito tímido a esse ponto.

- Tua sorte foi que a Tainá é atacante.- digo e ele acena com a cabeça.

- Cê tá feliz? Com o que tá rolando entre vocês?- gesticula com as mãos, se referindo a Jenna  e a mim.

- Cara... Eu tô. Mas também tô ciente que isso pode ser passageiro, tá ligado? Tô só vivendo o momento.

- Sei. Fico feliz que você esteja se relacionando com alguém depois de tanto tempo, e também depois de tudo o que aconteceu.- diz e eu forço um sorriso. Não queria lembrar disso agora.- Eu te amo! Independente de qualquer coisa eu tô aqui com você e pra você!- vejo um brilho em seus olhos e isso me lembra de quando éramos crianças.

- Te amo tanto cara, você é o melhor!- levanto e abraço o mesmo, que não estava preparado para isso.

Geralmente eu não demonstro muito afeto pelo Victor e eu me sinto mal por isso. Não que eu não ame ele, é só que eu não consigo ser carinhosa com ele, nossa família e amigos.Ele entende isso e respeita meu espaço, mas eu só queria ser uma irmã melhor para ele.

- Quando voltarmos para o Brasil, bora fazer um dia só nosso? Sair, beber, curtir... Ou então só ficar em casa aproveitando a companhia um do outro?- proponho e vejo que ele ficou animado.

- Claro, só marcar o dia e nós faz.- beija minha cabeça e eu cheiro seu moletom.

- Tá xeloso nenenguinho!- faço voz de criança, igual fazíamos a alguns anos atrás, e ele da risada.

- Voxê também nenenguinha.- faz uma cara engraçada e damos risada.

Ficamos um tempinho ali aproveitando a presença um do outro e conversando sobre tudo. Falei para ele sobre a minha casa, que já está pronta e a fazenda que eu tô comprando. Ele ficou super feliz e já até combinamos de fazer uma festinha para estrear minhas duas novas propriedades.