Capítulo 30

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Ravena Anderson: 

Sinto uma mão nos meus cabelos próximos a nuca fazendo movimentos circulares, abro um sorriso ainda de olhos fechados sabendo quem é e onde estou. Levanto um pouco o rosto pra inalar o seu cheiro e logo meu sorriso aumenta, subo a mão pelo seu peito acompanhando sua respiração e por fim abro meus olhos lentamente com medo de ser apenas um sonho perfeito. Mas quando o vejo a realidade é mil vezes melhor do que imaginei.

Henry me observa com um sorriso no rosto, acredito que acordou há pouco tempo, as janelas estão abertas e deduzo que estava admirando o nascer do sol. Os raios que entram no quarto deixam seus cabelos bagunçados num tom mais claro e o seu rosto mais angelical me fazendo suspirar.

- Bom dia, minha pequena. – Meu sorriso triplica de tamanho.

- Bom dia, Max.

Ele se inclina primeiro beijando minha testa, depois meu nariz e, por fim, minha boca.

- Dormiu bem?

- Como nunca.

- Óbvio - afirma. – Gozou quantas vezes? - Pergunta convencido.

- Três... mesma quantidade da última vez – provoco.

- Você acabou de acordar...

- E?

- Preciso alimentar vocês... - Sua outra mão tira o edredom de cima de nós, Henry espalma a mão na minha barriga.

- Vamos saber o sexo do bebê essa semana... - digo o vendo acariciar minha barriga.

- Não vejo a hora.

- O que prefere? - Pergunto.

- Menino. – Responde na hora. – Vai me ajudar a proteger a mamãe, filho? - Fala num sussurro me fazendo rir antes de dar um beijo na sua cabeça.

- E se for menina?

- Vai ser a minha princesa ou flor. – Franzo as sobrancelhas. – E eu vou proteger as duas. – Pisca pra mim. - Não tenho preferência, pequena. Na verdade, só pela mãe. - Me dá um selinho.

- Flor?

- Sim, Gregory chama você de Lótus, nossa filha também vai ser uma florzinha – Diz tranquilamente enquanto eu me seguro pra não chorar.

- Eu te amo, sabia? - Digo no impulso.

- É? - Henry fica de lado e passa o braço na minha cintura.

- É – digo e afirmo com a cabeça como se assim desse mais certeza.

- Muitão? - Encosta o nariz no meu.

- Você anda muito meloso, Foster. – Passo o braço sobe seu ombro.

- É pra combinar com a minha mulher que anda muito emotiva. – Sorrio.

- Sua mulher? - Ele concorda olhando pra minha boca. – Desde quando?

- Desde que ela disse que me ama – responde apertando minha cintura firme. – Diga.

- O quê? - Brinco.

- Você sabe – fala num tom grave. – Que é minha. - Sorrio tentando não parecer afetada, mesmo com a minha versão feminista berrando "não" na minha cabeça, me aproximo da sua orelha.

- Não... - devolvo no mesmo tom subindo minha perna pra sua cintura, como costumava fazer para provocá-lo quando íamos dormir.

- Ravena... - Fala num tom de aviso.

- Não - repito no seu ouvido outra vez.

- Quer que eu prove?

- Sempre. – Abro um sorriso.

LótusOnde histórias criam vida. Descubra agora