Ravena Anderson:
Sinto uma mão nos meus cabelos próximos a nuca fazendo movimentos circulares, abro um sorriso ainda de olhos fechados sabendo quem é e onde estou. Levanto um pouco o rosto pra inalar o seu cheiro e logo meu sorriso aumenta, subo a mão pelo seu peito acompanhando sua respiração e por fim abro meus olhos lentamente com medo de ser apenas um sonho perfeito. Mas quando o vejo a realidade é mil vezes melhor do que imaginei.
Henry me observa com um sorriso no rosto, acredito que acordou há pouco tempo, as janelas estão abertas e deduzo que estava admirando o nascer do sol. Os raios que entram no quarto deixam seus cabelos bagunçados num tom mais claro e o seu rosto mais angelical me fazendo suspirar.
- Bom dia, minha pequena. – Meu sorriso triplica de tamanho.
- Bom dia, Max.
Ele se inclina primeiro beijando minha testa, depois meu nariz e, por fim, minha boca.
- Dormiu bem?
- Como nunca.
- Óbvio - afirma. – Gozou quantas vezes? - Pergunta convencido.
- Três... mesma quantidade da última vez – provoco.
- Você acabou de acordar...
- E?
- Preciso alimentar vocês... - Sua outra mão tira o edredom de cima de nós, Henry espalma a mão na minha barriga.
- Vamos saber o sexo do bebê essa semana... - digo o vendo acariciar minha barriga.
- Não vejo a hora.
- O que prefere? - Pergunto.
- Menino. – Responde na hora. – Vai me ajudar a proteger a mamãe, filho? - Fala num sussurro me fazendo rir antes de dar um beijo na sua cabeça.
- E se for menina?
- Vai ser a minha princesa ou flor. – Franzo as sobrancelhas. – E eu vou proteger as duas. – Pisca pra mim. - Não tenho preferência, pequena. Na verdade, só pela mãe. - Me dá um selinho.
- Flor?
- Sim, Gregory chama você de Lótus, nossa filha também vai ser uma florzinha – Diz tranquilamente enquanto eu me seguro pra não chorar.
- Eu te amo, sabia? - Digo no impulso.
- É? - Henry fica de lado e passa o braço na minha cintura.
- É – digo e afirmo com a cabeça como se assim desse mais certeza.
- Muitão? - Encosta o nariz no meu.
- Você anda muito meloso, Foster. – Passo o braço sobe seu ombro.
- É pra combinar com a minha mulher que anda muito emotiva. – Sorrio.
- Sua mulher? - Ele concorda olhando pra minha boca. – Desde quando?
- Desde que ela disse que me ama – responde apertando minha cintura firme. – Diga.
- O quê? - Brinco.
- Você sabe – fala num tom grave. – Que é minha. - Sorrio tentando não parecer afetada, mesmo com a minha versão feminista berrando "não" na minha cabeça, me aproximo da sua orelha.
- Não... - devolvo no mesmo tom subindo minha perna pra sua cintura, como costumava fazer para provocá-lo quando íamos dormir.
- Ravena... - Fala num tom de aviso.
- Não - repito no seu ouvido outra vez.
- Quer que eu prove?
- Sempre. – Abro um sorriso.
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Lótus
RomanceLivro 2 - Da série: Os canalhas Ravena Anderson é a definição de confusão e impulsividade - uma combinação de peso - ela adora levar as pessoas aos limites, mas quando se trata dele é o seu passatempo preferido. Apesar de saber mascarar muito bem s...