Capítulo 3

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Cheguei!

Espero que gostem, boa leitura 🙆🏽‍♀️

Ravena Anderson:

Fecho minha jaqueta antes de sair do uber, o inverno de Londres está torturante hoje – mas nem isso vai tirar o meu bom humor matinal. Humor de quem dormiu como um bebê mesmo dormindo apenas horas graças ao Matteo e de brinde ainda coloquei Henry Fosterzinho no lugar.

QUE MANHÃ MARAVILHOSA!

As portas da floricultura do papai são de vidros me fazendo ver Rute assim que me aproximo, o sininho chama a sua atenção e ela sorrir assim que me olha.

- Oi garota! - Diz animada - Está linda

Rute foi contratada quando comecei na Foster, ama e entende de flores como o pai, são uma ótima dupla - sem contar que o seu Gregory anda bem mais animado. Rute é viúva, tem os cabelos pretos ondulados, é um pouco mais nova que o pai e tem 1,60, como eu. Na sua entrevista disse que tinha se aposentando a pouco tempo, mas não estava gostando de tanto tempo livre por isso queria o emprego. Está usando a camisa da loja e um avental, seus cabelos tem duas tranças formando um coque.

Limpa as mãos vindo até mim.

- Estamos – Digo quando nos afastamos - Cadê o papai?

- Nos fundos – aponta com a cabeça

- PAIZINHO!!! - Grito pelo corredor repleto de flores em baldes brancos – SUA FILHA PREFERIDA CHEGOU!

- Lótus... - Fala num tom de repressão me fazendo sorrir

- Sim, paizinho? - Digo de forma inocente me apoiando na porta colocando apenas minha cabeça pra dentro da sala

Gregory revira os olhos

- Venha aqui e me dê um abraço - Fala se levantando e abrindo os braços - O que devo a honra da minha segunda flor aqui? - Diz me abraçando

- Só estava com saudades – Me sento na mesa e ele volta para a sua cadeira ao meu lado

- Eu sempre estou – Piscou pra mim

Seu olhar é de puro afeto, carinho. Consigo até ver seus olhos brilhando, sei que ele me ama, como uma filha de sangue e que faria qualquer coisa por mim como faz há anos. Mas não consigo tirar da minha mente que ele me esconde algo – desde a ligação de Cambridge.

- Lótus? - Pisco algumas vezes – Tudo bem?

- Estou ótima - Volto a afundar minha dúvida bem no fundo da minha mente – Vai pra esse tal evento hoje à noite? - Pergunto já sabendo a resposta

- Não - fala rindo – Sua irmã já tentou, James e Ted também... não gosto dessas coisas, querida

- Eu também não vou... o que acha de uma noite com sua filha? - Sugiro

- Eu... - Gregory abaixa a cabeça e pisca algumas vezes – Eu já tenho compromisso – Fala ficando vermelho

- Um encontro, Anderson? - Levanto as sobrancelhas sugestivamente e ele me olha feio por chama-lo pelo sobrenome

- Não vou te responder - Começo a rir – Mas não conte para suas irmãs - Diz rapidamente me fazendo rir mais ainda.

Conversei um pouco mais com o papai e depois fui para a empresa. Tive uma manhã tranquila, sem estresse, sem o Fosterzinho – até Olívia aparecer e me intimar para um almoço das irmãs. Conheço essa mulher a minha vida toda praticamente e eu sei o que ela quer.

- Não - Digo assim que ela termina de falar olhando para a neve que caí do lado de fora do restaurante.

- Você nem em deixou falar direito! - Diz como uma criança

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