CONVITE

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Boa tarde, cheirosas!!! Como estamos? Só depressão e coisas pra baixo? Vamos subir um pouco esse clima. Esperamos que gostem!




Voltei para o quarto, eu não queria mais continuar naquela conversa. Precisava digerir o que a minha mãe tinha acabado de me contar, mas entre pensar nisso e dar suporte a Valentina, eu sabia que não era o momento para pensar em mim.

Entrei devagar para não acordá-la, ela dormia pesado, agarrada nas cobertas, a observei uns segundos em pé, como era possível alguém passar por tudo isso uma vida inteira e ainda assim ter o coração mais bonito do mundo? Como era possível uma pessoa como ela se apaixonar por alguém como eu?

Me aproximei da cama e deitei cuidadosamente. Me aproximei dela, que acordou com a minha movimentação. Ela se sobressaltou assustada.

-Hey, calma, sou eu - falei baixinho.

-Oi, tudo bem? - perguntou.

-Está sim, dorme, ainda está muito cedo - me aconcheguei no seu corpo, ela virou para mim e fez o mesmo me abraçando e deitando o rosto no meu peito - Você está com dor?

-Só um pouquinho, mas está tudo bem, acho que o remédio ajudou - respondeu com os olhos fechados e bocejou em seguida.

-Se quiser outro remédio eu pego para você.

-Não precisa, só fica aqui comigo.

-Está bem. Descansa, eu vou tentar dormir um pouco também.

-Está bem.

Me concentrei em confortá-la e afastar as palavras da minha mãe da minha mente. Embora por vezes, com os olhos fechados, eu conseguisse escutar ela falando novamente sobre tudo que havia acontecido entre ela e Catarina. Depois de um tempo finalmente adormeci.

Acordei com o barulho da movimentação da casa, Valentina ainda dormia agarrada em mim de conchinha. Me mexi delicadamente para me virar para ela, o relógio marcava que passava das 11 horas, ela acordou, me olhou e deu um sorriso fraquinho, fiz o mesmo.

-Bom dia - falei - Como você está?

-Bom dia - falou manhosa de sono antes de afundar o rosto no meu pescoço - Bem.

-Mesmo? - perguntei e ela me olhou de perto.

-Mesmo.

-A gente precisa levantar, a minha mãe deve estar em cólicas querendo te ver - falei e ela fez uma ceninha fazendo birra - Você é sempre manhosa assim de manhã?

-Só quando não quero levantar - falou com a cara emburrada.

-Linda - falei passando a mão no seu rosto.

-Um beijo faria meu humor melhorar - ela falava claramente tentando demonstrar que estava melhor, embora sua chateação ainda fosse nítida. Eu vinha convivendo com ela diariamente e isso para mim era fácil de perceber.

-É? Vem aqui - falei com o rosto próximo do dela.

-Vai me dar um beijo? - perguntou já esboçando um sorriso.

-Quantos você quiser.

Ela se aproximou ainda mais selando os nossos lábios, nos beijamos carinhosamente durante um bom tempo, era a demonstração de que a paz existia, era muito triste ter que encarar o mundo exterior. Finalizamos uma sequência de beijos com selinhos.

-Melhor? - perguntei.

-Bem melhor - respondeu na maior cara de pau.

-Agora vamos lá antes que a dona Sônia entre aqui - ela arregalou os olhos - Não, ela não faria isso, mas bater na porta talvez, ela está preocupada com você.

Segundas IntençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora