DISTÂNCIA SEGURA

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Boa noiteee, como promessa é dívida, ta aí mais um capítulo hoje, esperamos que gostem!!


Ainda ficamos mais um tempo na praça conversando sobre assuntos aleatórios, o clima ficou um pouco mais leve, mas ainda era perceptível a chateação de ambas com a situação.

Valentina me levou de volta para casa e nos despedimos com um: "Nos vemos na faculdade. Até mais". Apenas solicitei para que ela me avisasse quando chegasse em casa.

Minha mãe estava na mansão dos Albuquerque trabalhando, meu pai deduzi que tinha saído com a Sara, pois não ouvi nenhum dos dois em casa.

Entrei na sala e Carol mexia no celular atirada no sofá enquanto a TV falava para ninguém.

-Oi, maninha - falei sentando no sofá disponível.

-Oi, Lu. Tudo bem? Estranhamos quando vimos você e a Valentina saindo sem avisar - falou sentando no sofá para me olhar.

-Tudo sim, nós precisávamos conversar sobre umas coisas e resolvemos dar uma volta.

-Entendi. Vocês discutiram?

-Não.

-Você parece meio triste - óbvio que estava na cara, uma característica dos arianos é sermos extremamente expressivos.

-Carol, posso te perguntar uma coisa?

-Claro, Lu, pergunta.

-O que rola entre você e o Igor?

-Ah, nada demais, a gente ficava na época da escola, sabe? Aí ele se formou antes né, saiu da escola e perdemos o contato, quando nos vimos na faculdade acabamos ficando mais algumas vezes e naquele dia rolou.

-Mas você não gosta dele? Tipo, é só sexo?

-Ele é meio que inalcançável para mim, você sabe, tem a mãe dele que é um demônio, então tem que manter a cabeça bem no lugar, mas dá pra levar porque nós quase nunca nos vemos.

-Então você gosta?

- Eu já gostei, Lu. Ele sempre foi um príncipe comigo, sabe?! Mas eu tenho medo que se as coisas fluíssem entre nós a Catarina surtaria, nossos pais perderiam o emprego, nós a escola ou faculdade. É foda porque eu já achei que ele parecia gostar de mim também, mas não vale a pena. Porque?

-Eu fiquei com a Valentina naquele dia na casa deles - contei.

-Hummm... Entendi. Você está gostando dela?

-Não poderia estar, não é?! É a mesma merda.

-Mas e essa carinha?

-A nossa mãe viu ela saindo do meu quarto agora de manhã.

- A mãe é uma águia mesmo. Mas ela ficou brava? Ela nunca soube de mim e do Igor.

- Não ficou brava, mas falou um monte disso tudo que você disse. Mas foi só uma coisa que aconteceu, sabe? A gente ficou algumas vezes só, mas eu me sinto um coco.

- Eu sei como é. Aquela mulher é deplorável - falou se referindo a Catarina.

- Não é só ela, é perceber essa divisão toda de classe, se sentir inferior, ter que abrir mão de algo por não ter dinheiro como eles sendo que eles nem se importam, parece que nunca foi tão ruim.

-Você gosta dela.

-Não é isso - eu não queria entrar nesse mérito com a minha irmã, até porque era muito cedo para falar em gostar, eu sequer conseguia organizar o que eu faria daqui pra frente, quem dirá definir o que eu estava realmente sentindo.

Segundas IntençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora