TRAÇANDO UM PLANO

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Boa tarde, meu povo, tudo bem com vocês? Mais um capítulo no grau e esperamos que gostem. 




No dia seguinte acordei próximo das 10 horas da manhã, enrolei um pouco com preguiça e logo levantei e me arrumei. Quando cheguei na cozinha Valentina conversava animada com a minha avó, elas falavam de sabores de bolos e pães recheados. A minha avó adorava preparar esses lanches e Valentina fazendo a mega interessada era quase tão fofo quanto ela brincando com a Sara.

- Bom dia - falei ao entrar no cômodo.

- Bom dia - as duas me responderam.

- Tem café? - perguntei.

- Na garrafa, recém passei - minha avó respondeu.

- Que sonho - falei - Já provou, Valen?

- Já, nossa, a dona Vera conseguiu o impossível, fazer um café melhor que o da tia Sônia - dei uma gargalhada.

- Se ela te pega falando isso você ia ver só - falei.

- E você acha que eu não sei? Já combinei aqui com a dona Vera e esse será um segredo que levaremos para o túmulo.

- Acordou há muito tempo? - perguntei.

- Uns 40 minutos.

- Eu vou comer e acho que poderíamos ir ao shopping comprar roupas para você, o que acha? - sugeri.

- Acho ótimo, é perto?

- Não muito, será que o vô vai usar o carro agora pela manhã?

- Ele está lá atrás com a passarada dele, acho que não usará, mas é bom perguntar - minha avó respondeu.

- Eu vou comer e já vou lá.

Terminei de comer e como prometi pedi o carro ao meu avô que prontamente autorizou que eu usasse para irmos ao shopping. Ao chegarmos lá, descobri que Valentina detestava shopping, compras e tudo mais. Ela simplesmente entrava nas lojas, escolhia rapidamente algumas peças e passava no caixa. Ela comprou cadernos para desenho e mais uma série de coisas, depois passou em um mercado, comprou comidas, bebidas como vinho, cerveja, refrigerante, resumindo fomos no carro mais vezes do que podia contar para largar compras. O mais engraçado era o olhar das pessoas quando ela pagava tudo em dinheiro, me sentia um alien.

- Você trouxe o seu notebook? - ela perguntou.

- Não, porque?

- Porque a Vitória disse que vai te por para o home office, você vai precisar.

- Vixi, verdade, que porcaria.

- Vamos comprar um.

- Valentina, não, isso é muito caro.

- Dinheiro da dona Catarina, lembra?

- Você quem sabe - me rendi, não adiantava argumentar, Valentina era teimosa como uma mula.

- Você esvaziou o cofre? - perguntei por curiosidade.

- Não, deixei um pouco porque não coube na mochila - eu ri e a olhei, percebi que ela estava realmente falando sério.

Ela entrou na primeira loja de eletrônicos que enxergou e escolheu um notebook, eu fiquei olhando os celulares para deixar claro que eu não estava de acordo com aquilo, mas ela ficou tão animada quando me entregou a sacola com o computador que confesso que amoleceu meu coração. Voltamos para casa no horário do almoço, meu avô pediu para que voltasse cedo porque ele precisaria sair à tarde.

Segundas IntençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora