CONFIANÇA Pt.2

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Boa tarde, suas lindas. Como estamos??? Mais um capitulozinho cheio de emoção, esperamos que gostem. 




No percurso eu ficava tentando montar um script mental dessa conversa com várias respostas que ela poderia me dar como: "Eu não tive a intenção de causar desconforto" ou "Você está ficando maluca de achar que eu estaria dando em cima de você".

Estacionei nas dependências da Albuquerque e me dirigi para o último andar, onde ficava o setor jurídico.

- Bom dia - cumprimentei alguns funcionários assim que entrei e segui em direção a minha sala - Bom dia, Sabrina - cumprimentei a minha secretária que guardou o celular rapidamente assim que notou a minha presença, o que eu ignorei, afinal eu sei que quando os superiores saem é o momento de acesso às redes sociais.

- Bom dia, Luiza - ela respondeu demonstrando nervosismo.

- Pode, por favor, chamar a Isabela? - solicitei artes de entrar na minha sala.

- Claro, um segundo - levantou rapidamente e saiu em direção da sala da Isabela.

Entrei, fiz um café na máquina e sentei na minha cadeira atrás da mesa para esperá-la. Passados alguns minutos ela entrou na minha sala com um sorriso no rosto.

- Bom dia, achei que não viria agora pela manhã - comentou.

- Bom dia, eu vim resolver uma coisa, pode fechar a porta, por favor - falei mais séria do que pretendia e o sorriso no rosto dela desapareceu.

- Claro - fechou a porta como eu solicitei e sentou de frente para mim - Pode falar.

- Isabela, eu acho que não tem uma maneira confortável de fazer isso, então eu vou ser bem direta. A Valentina não gostou do que ela viu ontem quando esteve aqui e francamente eu também não me sinto confortável. Eu sei que provavelmente não é a sua intenção ser invasiva, mas eu sou uma pessoa que não tem hábito de ter tanta proximidade ou liberdade, nem com os meus amigos próximos eu tenho. A Valentina ontem ficou bem desconfortável com a maneira que nós estávamos próximas quando ela chegou e no lugar dela eu também não iria gostar. Eu só quero pedir para você, para que não haja nenhuma confusão ou desconforto, evitar esse tipo de aproximação - eu falava calmamente tentando não transparecer nervosismo.

- Ah, é isso - ela falou e deu uma risadinha desviando o olhar - Bom, eu quero me desculpar por causar desconfortos para você, mas a realidade é que é muito difícil segurar a onda estando assim perto, eu tento disfarçar, afinal você é namorada da dona da empresa, mas sinceramente, que se dane, eu acho você muita areia para aquele caminhãozinho mesmo, então é isso - eu estava em completo choque com a resposta dela, coração disparado, estômago embrulhado, uma irritação foi surgindo de dentro, mas eu controlei.

- Eu não lembro de ter perguntado o que você acha a respeito do meu relacionamento, Isabela.

- Bom, mas eu falei, eu até acho que você demorou a notar, mas eu realmente sinto coisas por você, eu sei que você não vai se separar, afinal esse emprego para alguém nesse estágio da sua vida é insubstituível, mas - e a irritação ia apenas aumentando a cada palavra.

- Você está sugerindo que eu estou com a Valentina pelo meu emprego?

- Não, desculpa, espero que não se ofenda, não foi isso que eu quis dizer, só que é difícil você terminar com ela por isso. Você perderia o seu emprego.

- Escuta aqui, você não me conhece, você não conhece a Valentina e muito menos a nossa relação. Eu estou com ela porque eu a amo e eu não terminaria por nada deste mundo, não tem nada a ver com essa empresa - eu falei de uma forma agressiva.

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