Bom dia, meus corações!!! Como estamos? Tomem mais um capítulo cheio de amor pra vocês.
Eu acabei não conseguindo questionar a ela sobre o nosso destino, mas logo me dei conta que estávamos indo para a faculdade. Valentina estacionou a moto no estacionamento da faculdade, descemos e lhe devolvi o capacete, olhei no celular e ainda faltava quase uma hora para começar a aula.
- Está com fome? Pensei em irmos comer - comentou.
- Ahn... Pode ser, acho que estou com fome mesmo - falei.
Caminhamos em direção a área de alimentação em silêncio, eu ainda estava processando as lembranças da aula, das crianças me dando os desenhos, o desenho que ela fez de mim. A conselheira falando que ela ia toda semana lá há anos. Isso não é possível, ela é a pessoa mais fútil que eu conheço, simplesmente não faz sentido.
- Lu, tudo bem? - perguntou em tom de desconfiança enquanto estávamos sentadas em uma das mesas comendo.
- Sim, porque? - perguntei tentando disfarçar.
- Você está esquisita desde que saímos do orfanato.
- Eu só estou... - refleti buscando uma palavra para definir - Impressionada, surpresa, não sei.
- Porque?
- Eu não esperava que você tivesse esses hábitos, só isso - falei honestamente.
- E esperava que eu tivesse quais hábitos?
- Sei lá, eu não te conheço mesmo, mas esperava coisas diferentes.
- Você esperava que eu fosse o que a minha mãe diz que eu sou, a minha mãe também não me conhece.
- Porque você é tão distante deles? - perguntei curiosa, já que eu não conhecia essa pessoa, porque não tentar conhecer?!
- Acho que prefiro não falar sobre isso - desviou o olhar para baixo.
- Assim fica difícil eu te entender, mas tudo bem, eu respeito se você não quer falar.
Ela suspirou e ficou reflexiva.
- Eu acho que não consigo extrair nada de bom da minha família, eles não tem ligação uns com os outros, parece tudo muito superficial, eu detesto relações superficiais, parecem sócios de uma grande empresa e só.
- Mas são sócios também. Essa grande empresa também é sua.
- Francamente eu não tenho interesse nela.
- Os seus pais não vão estar lá para sempre.
- Eu sei, mas o Igor já assumiu o que é dele, um dia eu encontro algo que eu realmente saiba fazer e me faça feliz, aquela empresa até hoje nunca me trouxe uma felicidade sequer, só cobrança, pressão, julgamentos.
- Você nunca se esforçou?
- Pra ser a pessoa que a minha mãe quer que eu seja? Não. Talvez se eu não tivesse a sua mãe eu poderia ter tentado, mas ela sempre me incentivou a ser quem eu sou e não o que esperam de mim, às vezes eu sinto que ela é a única que me olha e me enxerga de verdade.
- Ela tem mesmo essa habilidade - pensei um pouco no que eu tinha visto durante a tarde, nessa conversa que estávamos tendo, a única conclusão é que ela não se parece em nada com aquela pessoa fútil que eu achei que fosse - Eu vou ao banheiro, te vejo na sala? - ela assentiu, eu levantei e saí.
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Segundas Intenções
FanfictionValentina Albuquerque é filha de Catarina e Marcos vem de uma família rica e poderosa, sempre teve tudo que o dinheiro pode comprar. Tem uma relação com os pais que está longe de ser ideal, pois recebeu muito mais afeto de Sonia, a empregada da famí...