Segundas Intenções

VELHA INFÂNCIA

Bom dia, maravilhosas!!! Como estamos? Véspera de sexta no clima de dedo no cu e gritaria, agora bora curtir esse capítulo lindo e cheiroso. Espero que estejam curtindo.

Valentina e eu vestimos as roupas, ela com bem menos calma do que eu. Era notável que ela estava nervosa. Afinal era possível ouvir a voz dos meus pais e da minha irmã vindo da cozinha.

-Ei, calma, está tudo bem - falei saindo da cama e segurando a sua mão.

-Eu sei, só me assustei - falou com a respiração ainda um pouco agitada.

-Já passou, eles não entrariam aqui sem bater.

-Vai saber, né. A porta não está trancada, imagina se dessa vez eles resolvem entrar.

- Mas não aconteceu, então esquece isso e se acalma. Me dá mais um beijo antes da gente sair? - pedi com biquinho.

-Não é arriscado? Os seus pais estão aqui.

-Confia em mim, está tudo bem, só um - pedi manhosa.

Ela me beijou com calma, apertei o corpo dela no meu soltando suspiros entre o beijo, mas ela logo escapou dos meus braços se afastando completamente.

Ela saiu do quarto e logo ouvi ela e Sara fazendo a maior festa na cozinha. Pelo visto não era só a minha mãe que era apegada à Valentina. Após uns segundos saí e fui ao banheiro antes de ir para a cozinha com todos.

-Que bom ver você aqui, fazia tempo que não vinha - comentava o meu pai.

Me juntei a eles que conversavam animadamente enquanto arrumavam a mesa do café.

-Já está roubando a minha família inteira? Não bastava só a minha mãe? - falei em tom de brincadeira abraçando a minha irmãzinha.

-Eu não vou descansar enquanto não roubar todos, vai se acostumando, carioca - Valentina respondeu.

Tomamos café em um clima bem família, meus pais contavam causos da infância tanto meus quanto da Valentina nostálgicos complementando em como crescemos rápido.

-Tia, eu levei a Luiza lá no orfanato um dia desses - comentou Valentina.

-Ah é?! E você contou para ela como você chegou naquele orfanato? - respondeu minha mãe rindo.

-Não, sem mais vergonhas, por favor - disse Valentina suplicou.

-Ah pronto, agora conta - falei curiosa enquanto ria com elas.

-Eu preciso contar - minha mãe falou para Valentina - Foi tão bonitinho. Foi logo que você foi embora, Lu, a Valentina perguntava de você todos os dias, aí um dia ela viu um programa na televisão sobre orfanatos e quando vi ela estava chorando desesperada.

-Aí ó, começou a humilhação. Vai, continua, já começou, joga a última pá de terra.

-Dramática - falei - Continua, mãe - voltei a minha atenção para a minha mãe.

-Ela estava chorando porque na cabecinha dela você estava em um orfanato sem família, aí eu prometi que a levaria ao orfanato e levei ela lá para mostrar que você não estava.

- Até porque aquele era o único orfanato do mundo - falei rindo ironicamente.

-Eu era uma criança, trouxa - respondeu rindo também.

-Para vai, foi fofo - falei rindo.

-Foi idiota - respondeu constrangida.

-Claro que não - ficamos nos olhando por um tempo, mas logo desviei para não correr o risco de expor nada que exista entre nós.