Olá, olá, olá. Como estamos depois da dose dupla de ontem? Espero que bem. Então bora prosseguir com a nossa estória que fanfiqueiro se alimenta é disso.
Desde o dia que eu descobri o passado de Catarina haviam se passado uns dias. Preferi colocar uma pedra em cima do assunto como minha mãe tinha me pedido, ela sabia tudo da vida dessa mulher, então devia ter motivos para o que havia solicitado que eu fizesse.
No domingo todos acordamos um pouco mais cedo do que o normal, afinal era aniversário da minha mãe.
- Bom dia, mãezinha - falei a abraçando forte. Desejei tudo de melhor no mundo, assim como todos da família que iam acordando e se reunindo em casa. Meu pai iria fazer um churrasco meio dia e em seguida teria um bolo para comemorarmos.
- Obrigada, meu amor - ela respondeu carinhosamente. Lhe entreguei um presente que eu havia comprado, ela agradeceu, abriu, era uma blusa que ela comentou certa vez que achava bonita.
Meu pai preparava a carne para assar enquanto eu e Carol bebíamos cerveja com a minha mãe, Sara insistiu até chamar a filha do vizinho para brincar e as duas corriam no quintal de um lado para o outro.
- Lu - minha mãe me chamou.
- Fala, mãe.
- Você e a Valentina estão como? - perguntou me fazendo estranhar o questionamento.
- Não estamos, a gente não se fala mais, só isso. Porque a pergunta? - questionei curiosa.
- Ela perguntou se teria problema vir aqui me dar um abraço.
- Ah, não, claro que não. Eu já disse que não quero interferir na relação dela com vocês.
- Mas você está na sua casa, Lu. Se for te incomodar, eu digo para ela que a gente se vê amanhã e ela vai ter que entender.
- Não irá incomodar, é sério. É seu aniversário e eu sei que é uma pessoa importante para você e bom, nós nos afastamos apenas, não nos odiamos.
- Certeza?
- Certeza. Pode chamar, nós também não somos crianças, vamos saber nos portar.
- Certo então.
Continuamos ouvindo música, conversando, embora a minha mente estivesse um pouco mais agitada por saber que ela viria para a minha casa. Todas as vezes que ela vinha aqui acabava acontecendo algo entre nós, como um ciclo vicioso que caímos. Mas esse ciclo não existe mais, junto dele existiam os olhares indiscretos, o carinho, existia uma força incontrolável que nos atraia uma para outra, mas nada disso mais se fazia presente entre nós. Era como se fossemos duas estranhas que dividiram coisas tão íntimas que jamais conseguirão dividir com outras pessoas.
Carol me chamou para irmos para a cozinha fazer arroz, salada para o acompanhamento do churrasco, conversamos sobre o assunto brevemente, apesar de todo o meu esforço para esconder, Carol percebeu que eu estava tensa.
- Ela chegou - falou Carol olhando pela janela enquanto lavava folhas de alface.
Meu coração bateu forte e meu estômago se contorceu dentro de mim. Controlei a respiração e assim o coração se acalmou. Me virei depois de alguns segundos e a vi abraçando a minha mãe, Sara e depois o meu pai.
Carol saiu com a salada e eu continuei fazendo arroz, não tinha o que fazer lá fora. Quando terminei respirei fundo e me preparei para sair, ela conversava animada com a minha mãe. As duas sorriam felizes enquanto Valentina implicava com alguma coisa e minha mãe lhe dizia que daria umas palmadas.
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Segundas Intenções
FanfictionValentina Albuquerque é filha de Catarina e Marcos vem de uma família rica e poderosa, sempre teve tudo que o dinheiro pode comprar. Tem uma relação com os pais que está longe de ser ideal, pois recebeu muito mais afeto de Sonia, a empregada da famí...