UM PASSO A FRENTE

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Boa tarde, suas lindas, tudo bem com vocês? Como já falei no twitter, estamos nos últimos capítulos de SI que será finalizada neste domingo. Então começando hoje a contagem regressiva: faltam 4 dias!!




Depois de um período de quietude, eu me virei para ela e trocamos alguns beijos, carinhos, assim como todas as noites que eu havia dormido com ela. Atos guiados alternadamente por paixão e carinho.

- Lu? - ela me chamou.

Eu estava com o rosto descansando no seu peito e curtindo um carinho suave que ela fazia com os dedos nas minhas costas.

- Hum? - respondi.

- Como vai ser quando a gente voltar para São Paulo? - perguntou.

- Ué, a gente vai acabar com a Catarina, você vai ser livre finalmente.

- Não, eu estou falando da gente. Digo, nós viemos pro Rio separadas.

- Mas nós estamos juntas agora. Não estamos? - perguntei me virando de bruços e apoiando o tronco nos cotovelos para conseguir enxergar seu rosto.

- Estamos, eu só queria ter certeza que vamos continuar lá. Você me disse aquele dia que estava pensando em vir embora pra cá.

- Estava. Mas as coisas mudaram agora.

- Mudaram?

- Mudaram. Não que eu guie a minha vida por sua causa, mas eu não considero ficar longe de você.

- Mas você seria mais feliz aqui? - ela perguntou.

- Eu não sei, Valen. Eu queria vir embora para fugir de tudo que me lembrava de você, eu não queria mais lembrar do que a gente viveu e saber que não poderia mais ter isso - ela suspirou e brincava com uma mecha no meu cabelo entre os dedos.

- Eu só não quero que você deixe de fazer o que te faria mais feliz por minha causa.

- Você não ligaria se eu viesse morar no Rio? - perguntei confusa com o rumo daquela conversa.

- Claro que ligaria, provavelmente eu moraria no embarque e desembarque e levaria a minha família a falência com passagens aéreas e você sabe o quanto é difícil falir a minha família - falou e eu sorri aliviada - Eu só quero te dizer que se o Rio fizer mais sentido para você, eu vou entender. Eu vou te amar em qualquer lugar que você esteja.

- Linda! - falei baixinho - Não é uma boa hora para pensarmos nisso. Ainda tem tantas outras coisas para resolver. Depois que tudo der certo a gente senta, conversa e define tudo com calma.

- Posso te perguntar uma coisa sem que fique estranho? - falou parecendo tímida.

- Pode perguntar o que você quiser - respondi.

- Você pensa, num futuro, em casar com alguém? Filhos? Sei lá, isso está parecendo estranho - falou ficando corada, eu ri baixinho.

- Não é estranho. Já disse que você pode perguntar qualquer coisa.

- Então... - pediu a resposta.

- Bom, sempre me pareceu muito louco amar alguém a ponto de querer passar uma vida inteira junto. Tipo, eu amo os meus pais, mas eu sei que um dia eu não vou morar com eles, acordar na mesma casa. Não que eu fosse descrente no amor, eu só não achei que fosse possível sentir algo tão forte por alguém. Achei que seria possível amar, mas não querer estar sempre junto, entende?

- Então a sua resposta é "não"? - perguntou e eu ri da sua ansiedade.

- Até que eu entendi que é sim possível não ser um incômodo saber que alguém vai estar do meu lado todos os dias quando eu acordar. Não é sobre querer casar, é sobre quem seria essa pessoa. Eu não precisaria casar com você para querer acordar do seu lado todos os dias, embora se num futuro você quiser casar comigo, eu acho que, com você, eu me casaria - ela sorriu por fim - E talvez pudesse pensar em algumas crianças também.

Segundas IntençõesOnde histórias criam vida. Descubra agora