No time to die

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Eu deveria saber
Que eu partiria sozinha
Mas eu te vi lá
Foi demais para suportar
Você era a minha vida, mas ela está longe de ser justa
Eu fui idiota por te amar?
Fui descuidada em ajudar?
Estava óbvio para todos os outros?
Que eu caí na mentira
Você nunca esteve ao meu lado
Me engana uma vez, me engana duas vezes
Você é a morte ou o paraíso?
Agora você nunca me verá chorar
Simplesmente não há tempo para morrer

Wanda estava deitada no meio do chão da sua sala, o corpo completamente tenso e sem energia após lutar tanto. O rosto suado pressionado contra o carpete frio e ela encarava os sapatos de Steve se movendo de um lado para o outro enquanto ele se recompunha.

- Me mata. - Wanda pediu em tom baixo e quase inaudível.

- O que? - Ele perguntou e a cutucou ainda imóvel no chão com a ponta do sapato.

- Eu disse para me matar. - Ela repetiu em tom baixo, os olhos ainda vazios e o corpo sem vida. - É a sua chance.

Steve começou a gargalhar e a observou com divertimento.

- Te matar? Não, esse não foi o nosso combinado. - Steve se ajoelhou do lado dela no chão e se abaixou para falar na sua orelha. - Quero que você viva por muito tempo ainda para se lembrar de mim todos os dias, do que eu fiz com você.

Ele deslizou a língua pela lateral do rosto dela e se levantou de novo, a olhando de cima enquanto tirou um bolo de dinheiro do bolso, jogando duas notas de vinte dólares no chão na sua frente enquanto Wanda continuava imóvel.

- Para que você não diga que eu não te paguei.

- Eu vou atrás de você. - Wanda virou o rosto e o olhou no olhos. - Se encostar nela, vou te encontrar e te matar.

- Estarei te esperando, puta. - Steve zombou e cuspiu no chão ao lado dela.

- Você está me ouvindo? Se encostar nela, se você se aproximar dela eu vou te matar. - Wanda repetiu com raiva.

- Não se preocupe, quando Natasha estiver prestes a morrer, vou contar a ela o que fiz com você.

...

Natasha ouviu a campainha da porta da frente tocar e a atendeu em seguida, abrindo a porta e deixando espaço para sua convidada passar.

- Então, me diga, o que é tão importante que me fez vir correndo tão rápido? - Dorothy falou ao adentrar na casa e ir direto até a sala, olhando ao redor como se estivesse a procura de outra pessoa.

- Precisamos conversar. - Natasha a seguiu e indicou o sofá com a mão. - Pode se sentar. Posso te oferecer alguma bebida?

- Não precisa de toda essa formalidade, irmãzinha. - Dorothy se jogou no sofá e cruzou as pernas de maneira elegante, ainda olhando ao redor. - Onde está sua... - Ela fez uma pausa pensativa. - Como eu devo chamá-la? Amante? Acompanhante de luxo? Amiga especial?

- Wanda não está aqui. - Natasha respondeu de maneira curta e grossa, deixando bem claro que não desejava mais tocar no assunto.

Depois de anos de convívio, Dorothy sabia quando havia algo de errado com a irmã e quase podia ler sua expressão. Ela sabia que algo estava errado.

- Desculpe eu não quis... - Dorothy ficou sem jeito quando percebeu que ela parecia magoada.

- Está tudo bem. - Natasha a cortou e se sentou na poltrona na sua frente. - Quero falar sobre Steve.

Souvenir - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora