Princess of China

636 76 7
                                    

Era uma vez, alguém fugia
Fugia, dizendo: o quão rápido eu puder
Eu tenho que ir, eu tenho que ir
Agora tudo que parecemos fazer, é brigar, de novo e de novo
Era uma vez, do mesmo lado
No mesmo jogo
E por que você teve que ir?
Teve que ir e jogar água na minha chama?
Eu poderia ser a princesa, e você poderia ser o rei
Poderíamos ter tido um castelo, usar um anel,
Mas não, você me deixou ir
Você roubou a minha estrela
Porque você realmente me machucou
Não, você realmente me machucou
Porque você realmente me machucou
Não, você realmente me machucou
Porque você realmente me machucou, oh
Você realmente me machucou, oh
Porque você realmente me machucou, oh
Você realmente me machucou


Do lado de fora, a tempestade continuava desabando sobre a mansão no topo da colina de Dallas. Os trovões ecoavam nos céus e os relâmpagos podiam ser observados pelas paredes de vidro.

- Carol? - Natasha a chamou do quarto enquanto sua melhor amiga estava no closet. - Tem certeza que quer sair? O mundo está acabando lá fora.

- Claro que sim! - A loira respondeu aparecendo na porta do closet, vestindo apenas lingerie e segurando um casaco de pele contra o corpo. - Eu não posso perder a oportunidade de usar as suas roupas fabulosas. Além do mais, essa tempestade é um sinal dos deuses. Eles provavelmente estão em festa por você ter se livrado de Steve.

- Ah, com certeza! - Natasha sorriu. - Vou pegar uma bebida enquanto te aguardo terminar.

- Eu preciso escolher a roupa perfeita. São tantas opções. - Carol retornou para dentro do closet.

Natasha saiu do quarto e desceu as escadas, caminhando até o pequeno bar no canto da sala e se serviu de mais uma dose de whisky. A lareira estava acessa e ela observou a tempestade pelas janelas, pensando se aquilo realmente seria um sinal dos deuses e se sim, o que significa?

Ela usava um vestido chanel branco e preto, assim como saltos altos de bico fino. O cabelo liso estava bem arrumado em um coque e amarrado firmemente. Levantou o copo até a altura dos lábios, mas antes que pudesse provar o liquido ambar, a campainha da porta de frente tocou. Pousou o copo sobre a mesa de centro e deslizou os dedos sobre a madeira até alcançar a arma que descansava ali. Caminhou em passos lentos até próxima da porta, com medo de quem estaria do outro lado e segurando a arma firmemente. Engoliu em seco antes de se debruçar sobre o olho mágico e espiar a pessoa do outro lado. Com a surpresa, abriu a porta de uma voz com um movimento brusco.

- Oi. - Foi a única coisa que Wanda disse, parada de pé ali.

Completamente molhada e pingando água, sua boca estava pálida e em um tom meio roxo pelo frio, ela tremia e havia um hematoma no canto do seu lábio e na lateral do seu rosto abaixo do olho.

- O que aconteceu? - Natasha perguntou, a olhando dos pés a cabeça.

- Eu fodi com tudo. Eu fodi com tudo para valer dessa vez. - Wanda disse com a voz entrecortada e os lábios tremendo. - Eu preciso de ajuda.

Natasha apertou os lábios, a analisando atentamente. Ela se afastou da passagem da porta e fez um sinal com a cabeça para ela entrar. Sabia que não podia simplesmente bater a porta na sua cara e a deixar ali.

- Espere próxima a lareira. Vou pegar algumas toalhas, tente não roubar nada nesse meio tempo.

Wanda caminhou em silêncio até ao fogo e aguardou, aliviada por estar próxima ao calor enquanto Natasha foi até um dos quartos de hospedes e pegou três toalhas brancas, retornando em seguida. Ela parou ao lado de Wanda e ela lhe ofereceu as toalhas.

Souvenir - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora