Atlas aproveitou o momento para conversar um pouco com seus pais que não via há um bom tempo. Seu pai lhe contou dos momentos em que o amigo raposa os visitou graças aos lobos que se ofereceram para busca-la em alguns momentos.
— Eles ficaram bem familiarizados — acrescentou o pai. — Thomas e Roberto ficaram um tempinho juntos no começo até que começaram a se relacionar — continuou. — Sempre suspeitei que a raposinha fosse mais pra lá do que pra cá, então pensei: "bom, dá para apresenta-lo ao Thomas, que também é mais pra lá do pra cá, e ver se eles se entendem". Dito e feito. Agora não descolam mais um do outro.
— Eu vi — falou Atlas, desanimado. Queria não ter visto. Era para ter sido ele no lugar do lobo. Era para ser uma raposa e um leão brincando no riacho, e não uma raposa e um lobo. Sentiu-se como um objeto sendo descartado. E todo o trabalho que teve ajudando Roberto serviu-lhe de quê?
Seu pai pegou uma cerveja e o serviu. Enquanto conversavam, pensou nas coisas que fez por Roberto. Não foram muitas, mas foram bem significativas. Ajudou-o com alimentação, deu a ele um lar — mesmo que por pouco tempo —, foi o primeiro macho com quem se abriu (literalmente) e o que ganhou em troca?
Tinha que parar de pensar nisso, pensou. Eram pensamentos que podiam colocar tudo a perder, no entanto, conforme bebia seus goles, mais os pensamentos se fixavam e ele não conseguia pensar em muitas coisas.
Ao sentir que estava bêbado, decidiu ir para a sua casinha ali entre as casas do tio. Nina brincava com as bonecas de pano junto da avó, então não tinha com o que se preocupar.
Sua consciência pesou ao imaginar-se perdendo o controle diante de todos e, principalmente, da sua raposa. Roberto teria medo dele para o resto. Era uma imagem que nem ele mesmo gostaria de ver. Então, para evitar isso, entrou na casa da qual os dois amigos machos tiveram as mais deliciosas relações sexuais e deitou-se na mesma cama que se deitaram há muito tempo.
Fechou as portas atrás de si e deitou-se sobre a cama, esperando que o sono o levasse para sua inconsciência, onde não poderia machucar ninguém se estivesse irritado.
As memórias dos bons momentos vieram à mente e isso o deixou rígido de excitação. Puxou sua bermuda e cueca um pouco para baixo, deixando o pênis exposto. Massageou-o, fazendo o movimento de descer e subir suavemente com a sua mão. O membro pulsou conforme o massageava, imaginando o buraco de seu amigo raposa movendo-se ali. Tão logo estava tão excitado, que precisou tirar a camisa e deixar os pelos negros de seu peito e barriga expostos. Massageou-os enquanto mentalizava Roberto o massageando naquela região enquanto se sentava no pênis do leão. Mentalizou o peso do corpo do canídeo ruivo ao baixar sua mão masturbatória e pressionar de leve suas bolas felinas.
A respiração ficou ofegante ao imaginar-se repetindo o ato com a raposa. Aquilo deixava-o rígido de excitação, fazia seu membro pulsar e seus testículos trabalharem na produção de leite masculino.
Os músculos se contraíam como se estivessem se esfregando junto a outro corpo, mas não havia ninguém ali além da própria imaginação de Atlas.
Ele soltou rugidos baixos, preocupado se alguém pudesse escuta-lo se masturbar. Mas as paredes, janelas e teto eram à prova de som para que os leões pudessem realizar suas fantasias sexuais barulhentas sem incomodar ninguém.
— Ah, porra — disse baixinho, sentindo o seu leite masculino subir pelos dutos de seu membro e voar para o alto com a pressão de seu clímax. O leite masculino derramou-se sobre sua barriga em uma quantia grande que poderia encher um copo tranquilamente.
Deitou a cabeça para trás sobre o travesseiro, interrompeu o movimento de sua mão e deixou que o pênis pulsasse, jorrando todo o leite que havia em seus testículos. Imaginou-se enchendo o interior da raposa novamente como havia feito outra vez. Aquela sensação de despejar o seu leite dentro de seu amado, de marca-lo como seu, marcar o seu território, onde ninguém deveria ficar se metendo...
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Coração Quente (Volume 2)
RomanceAo voltar para sua cidade natal, Roberto se reencontra com sua família de raposas e as dificuldades que o fizeram ir embora. Atlas, o amigo leão de juba negra, divide-se entre a formação de uma família com Julieta, uma onça-pintada, e o seu romance...