Capítulo 20 - Jantar

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Tiago chegou em pouco tempo. Atlas pensou em manter a porta fechada, apagar as luzes e fingir que não havia ninguém em casa, no entanto, isso não era atitude de um macho do porte dele.

Abriu a porta quando o puma bateu e deixou-o entrar com as sacolas de comida que carregava. Estavam embaladas em potes de isopor finos. O cheiro do alimento atiçou o estômago do leão que permitiu-se comer um pouco do alimento trazido como um presente.

Pegou os pratos e talheres, entregou um prato e talheres ao puma, serviram-se da comida guardada nas marmitas. Foram para a sala e conversaram sobre a semana. Apesar da promiscuidade apresentada pelo puma pelas mensagens enviadas no celular, tiveram um momento como se fossem velhos amigos. Mas amigos com vantagens, onde olhavam para o corpo um do outro com desejo de alimentarem suas vontades carnais.

Respirou fundo e manteve sua esposa e sua filha em mente para ter força para recusar qualquer oferta sexual que Tiago tivesse a oferecer, mas em nenhum momento o puma se referiu a cometerem atos sexuais. Apenas conversaram sobre os programas de TV, as notícias e sobre seus trabalhos.

O puma foi ao banheiro se lavar enquanto Atlas ficou na sala, refletindo sobre manda-lo de volta para casa. Seria o certo a fazer. Pegou o celular e viu uma foto de sua filha. Era isso, estava decidido. Desligou a tela do celular e foi até o banheiro chegando no exato momento em que o puma saiu.

— Hoje não vai rolar, sinto muito — falou Atlas com pesar. Não por ter perdido uma boa transa, mas pela culpa das vezes em que transou com outro macho pelas costas de sua esposa.

— O que foi? Qual o problema? — o puma preocupou-se, procurando por uma explicação nos olhos de Atlas que desviavam para o chão como se um peso fosse colocado neles e os puxasse para baixo.

— Sou eu o problema — falou. — Não consigo mais.

— O que você não consegue mais? Levantar o pau? Eu posso te ajudar com isso.

— Não — Atlas estendeu o braço e se afastou um pouco de Tiago. — É que essa relação... — Atlas ergueu o olhar para olhar o puma nos olhos.

Tiago fixou seus olhos nos de Atlas por um longo tempo. Era uma reação bem conhecida para o puma e ele entendeu o que era. O felino mais baixo se aproximou do mais alto e afastou gentilmente.

— Você pode me dar um beijo de despedida então? — pediu. — Só um? Eu prometo que vou sair.

Atlas respirou fundo e ponderou se deveria ou não. Um beijo não faria mal. Ele era forte para resistir ao seu desejo de querer fodê-lo — assim pensou. Abriu os braços para receber Tiago em um beijo. Os lábios suaves e macios, a língua calma e paciente para aproveitar um último beijo. Os braços do puma envolveram o leão em um abraço suave e Atlas o abraçou de volta.

De olhos fechados, a imagem de Roberto lhe veio à mente. Aquele corpo pequeno que ele podia recolher em seus braços, quase engoli-lo em seu próprio corpo, enquanto o devorava com seu membro rígido e despejava o seu leite masculino dentro de seu interior canino.

O beijo se intensificou e mais memórias vieram. Seu membro ficou rígido por baixo das vestes. Os braços pressionaram o outro macho com mais força contra o seu corpo massivo querendo senti-lo mais.

Suas mãos grandes de leão deslizaram pelo corpo do puma, sentindo como se aquele corpo pertencesse à sua raposa. Deslizou pelas costas daquele macho, até chegar ao elástico da bermuda, onde puxou-o para que suas mãos adentrassem por baixo das vestes e chegasse aos glúteos. Pele tocando diretamente a pele peluda.

Sentiu uma mão deslizar por baixo de sua bermuda e de sua cueca, massageando a virilha por um tempo e depois descendo para onde se encontrava o pênis. Massageou-o por um instante que deixou a mão toda úmida de pré-gozo. A mão desceu um pouco mais e chegou aos testículos, onde segurou-os carinhosamente e massageou a região por um instante.

Coração Quente (Volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora