Capítulo 10 - Banho de rio

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Durante a semana, Alex gozou de seus prazeres com a fêmea que estava saindo enquanto a raposa estava trabalhando e, talvez, Roberto também gozaria de seus prazeres com seu leão de juba escura. Em alguns momentos, pensava ser errado, mas quando seu membro ficava ereto, pensava "e por que não? Já fizemos isso antes". Apesar da insegurança, ainda queria estar com Atlas.

Como prometido, o leão-de-Atlas chegou cedo em sua caminhonete para buscar a raposa. Ou, como chamava, a sua raposa. Os olhos de Atlas brilhavam como uma criança vendo o seu amigo depois das férias.

O pai leão, no banco de trás do carro, observou o afeto dos dois amigos. Um aperto de mãos, algumas risadas e um saquinho com roupas para tomar banho.

No meio do caminho, o leão de juba escura parou para comprar uma mochila e uma roupa de banho para a raposa, pois considerou que as roupas que ela trouxe não seriam boas para isso.

— Ele não tem roupa pra tomar banho de rio — explicou ao pai. — E também não tem dinheiro.

O pai arregalou os olhos ao saber.

Depois de quase uma hora, chegaram ao destino. Atlas adentrou uma chácara e estacionou a caminhonete em frente à uma casa larga. Outros carros estavam estacionados lá também e Roberto deduziu que fosse alguns parentes do leão de juba negra.

Saíram do carro e se trocaram no banheiro que ficava do lado de fora. Os machos ficaram com os peitos nus e vestidos com bermudas de banho.

Assim que a raposa saiu do banheiro, Atlas correu até como um pai que vai buscar o filho e o pegou em seus braços e o ergueu alegremente. Depois soltou-o e foi para o carro, onde guardou as roupas que tiraram e Josué pegou uma garrafa gorducha e um copo de erva com a pequena bomba de sucção para beberem tereré. O leão filho trancou o carro, pegou um cordão e colocou-o em volta do pescoço, onde amarrou a chave do carro para não perde-la.

Os três machos seguiram por uma trilha rápida no meio das árvores até chegarem à margem de um pequeno rio. No meio do caminho era possível ouvir as vozes das conversas e dos gritos de alegria dos leões e alguns conhecidos. Roberto reconheceu um dos lobos-guará presentes ali: Galgo.

O lobo-guará deu um abraço na raposa e quis saber de tudo o que aconteceu no tempo em que passou fora. Roberto contou as partes contáveis e deixou todo o resto de fora.

Antes que Galgo perguntasse do acidente, Atlas o interrompeu e o lobo-guará pediu desculpas, indo para outro lado e dando um mergulho no rio.

— Como ele...?

— Não vamos estragar o dia, vamos? — Atlas ofereceu sua mão para a raposa segurar. O canídeo segurou-o e o leão o guiou até o rio.

Os primos conhecidos de Atlas estavam lá, nadando no rio. A irmã leoa bebia um pouco de cerveja na margem enquanto observava a paisagem junto à mãe. Os tios estavam em outro canto no rio, mas próximos o suficiente para serem vistos. Os lobos-guará estavam um pouco mais afastados, mas também à vista.

— Mas o que é isso? — a irmã de Atlas apontou para os dois machos se encaminhando para o rio. — Vai rolar casamento duplo? — brincou ela.

— Olha, mamãe deixa — falou a mãe de Atlas. — Só tem que ver se sua esposa vai deixar você se casar com seu machinho.

Roberto sentiu vergonha de estar segurando a mão de um macho casado. Um macho com quem queria ter uma relação e o mesmo macho que não queria soltar sua mão, guiando-o para onde quer que fosse.

Atlas abanou a cabeça em negação e entrou primeiro no rio, a água batendo até a altura do peito. Roberto notou que ficaria submerso, mas Atlas não deixaria que se afogasse.

Coração Quente (Volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora