A Vida de Pequeno Lírio em 2022

O irmão da Carly

22 de dezembro de 2022 - 01:43

Quando eu era criança, eu amava uma coisa: olhar pro céu e imaginar como seria a minha vida no futuro. Ver as estrelas e pensar em alguma história boba infantil, eu sempre gostei de histórias impossíveis para a minha realidade, sempre imaginei coisas irreais, sempre sonhei com momentos que nunca acontecerão, lembro quando eu era adolescente, antes de beijar alguém, eu sempre imaginava meu primeiro beijo com algum ator de Hollywood, cantor famoso, tipo os da Disney, mas na realidade, meu primeiro beijo foi com alguém que se tornou ancap kkkkkkk coitada de mim, eu terei muitas decepções para viver ainda, daquilo que sempre imaginei e nunca vai acontecer, neste momento, crio muitos cenários hipotéticos com o SC, porque eu simplesmente gostaria de estar presente na vida dele, queria acreditar com todas as minhas forças que isso vai acontecer, mas não vai, lá no fundo do meu coração, sei que esse momento que estou me iludindo gratuitamente por ele é uma perda de tempo, mas mesmo assim, crio uma esperança boba de encontrá-lo, crio planos futuros que nunca vão existir, e assim me iludo, sei que a culpa não é dele, é toda minha, um sonho de criança que nunca conseguirei realizar, eu sei que estou sendo bem negativa, mas soar esperançosa aqui nunca deu certo, nem com MC, que foi a pessoa mais próxima que cheguei a realmente amar e ter um pouco de reciprocidade, nem com Ho, eu sempre tenho medo de repetir a mesma história, eu tenho medo de SC ser o Ho 2.0. Eu sei que não vai, pois não sou a mesma Pequeno Lírio de 2016. Mas aqui dentro de mim ainda existe a Pequeno Lírio de 9 anos que sonha que o primeiro amor/namorado será igual um conto de fadas, esse é o meu primeiro erro, porque simplesmente é impossível conseguir. Eu só quero que eu e o SC nos tornamos amigos e com o passar do tempo, nossa relação crie um vínculo mais forte. Mas eu já morro de ciúmes dele sem nenhum motivo, é essa Vênus em escorpião. Pelo menos o SC parece ser um cara decente, diferente do Anthony que mesmo namorando fica trocando snaps comigo, eu diria que isso é traição, o jeito que ele fala comigo parece muito alguém que trairia a namorada, eu stalkeei ele, a namorada dele é tão linda, como ele pode ser tão burro e arriscar a relação dele, dando em cima de mim que moro há 10 mil quilômetros de distância, só porque o meu peito é maior que o dela, eu também sou mais gorda, essa questão de peso sempre me incomoda, passa ano, entra ano, eu tô sempre descontente com o meu corpo, eu só queria que eu tivesse mais amor próprio, estou cansada de me sentir sempre inferior a todo mundo. Mas ultimamente, altos caras bonitos vem dando em cima de mim, então, preciso me aceitar mais como bonita. Pelo menos, minha obsessão no SC me faz ignorar minhas outras obsessões, por exemplo, o Arthur, que eu tava obcecada em novembro, ele é um gatinho, mora há 1000km de mim, nem é tão longe quanto os outros, mas ele é muito esquerdo macho kkk hoje ele postou um story de matinho, não consigo imaginar isso como objeto de trabalho, mas tudo bem, minha obsessão por ele se foi e isso é um alívio. Porém minha obsessão pelo SC só aumenta. Quanto mais distante for da minha realidade, mas obcecada eu fico. Porque ele é alguém que eu não posso ter e isso me deixa muito obcecada, ainda mais sabendo que ele me quer, mas não pode me ter. Esse condicionamento da situação me faz querê-lo ainda mais. Hoje ele mandou um snap sem camisa, foto no espelho, um gostoso, eu faria muito muito muito, que ódio que não posso tê-lo.

Ele sem camisa, pena que só pensei em tirar essa foto depois, mas tirei foto dele sem camisa 🥵 uma boa recordação de um relacionamento que provavelmente nunca existirá, é engraçado pensar no SC, ele é tipo uma realidade distante da minha. É por isso que eu o queria tanto. Eu só quero escapar da minha realidade. Eu só quero não viver como atualmente vivo. Falando assim, até parece que minha vida é horrível. Ela não é. Eu só me acomodei ao ponto de não conseguir mais mudá-la. Embora tudo seja passível de mudança. Prefiro me apegar a uma ideia frágil de alguém me amar há 6 mil quilômetros de distância do que me apaixonar por alguém que more em Cuiabá. Eu sempre vi isso como um aviso a mim mesma. Eu estou sempre me apaixonando por pessoas que não são daqui. Como se eu quisesse me dizer que aqui onde eu moro não é mais para mim. Eu em 2019 estava louca para sair daqui e até hoje em 2022 não saí. Mas o sentimento voltou. O sentimento de não pertencimento. O sentimento de que estou perdendo um pedaço da minha vida presa aqui. Mas eu simplesmente não sei me libertar. embora eu esteja completamente livre para fazer o que quiser. Nada me impede de ir embora, eu tenho 27 anos, não tenho mais 17, não quero mais ser dependente dos meus pais. Isso é algo que começa a me incomodar. Quero me tornar independente até os 33 anos se possível, mas para isso preciso me sucumbir ao capitalismo e trabalhar que nem uma condenada para isso acontecer. Ando com saudade de receber mensagem do SC. Não durou um mês de keep in touch with him. Engraçado, que uns dias atrás eu sentei lá fora e olhei para as estrelas e desejei-o para mim e neste dia ele me mandou mensagem, como se fosse uma conspiração do universo. Eu sempre tento acreditar que força de vontade tem poder. Que se for para ele estar na minha vida, ele vai estar. Gosto de pensar que destino existe, e que se ele for o destino, as coisas vão acontecer para isso. A vida vai tomando o seu rumo queira você ou não. At least, I took a picture of him to remind me that once someone handsome and nice desire me. Of course, it was because of my boobs, I know that I'm tricking myself now, but i just want to feel loved once. I just wanna feel loved, truly loved once. Why this is so hard to me? Why everybody else find love everywhere, but I just can't do this. Why love doesn't come to me. I'm already 27. I'm going crazy here. Should I give up love?