Cidade do México - México
Antes de saber que tinha um filho, a vida de Matias se resumia a três coisas, trabalho, mulher e bebida, essa com certeza, e sem a menor sombra de dúvidas, não era, e nem jamais seria a vida dos seus sonhos. Só que nem sempre se pode ter tudo, e isso foi algo que Matias teve de aprender e reaprender várias vezes em sua vida, principalmente através da dor.
Adrian Matheus, seu filho havia se tornado não apenas parte do seu mundo, mas todo ele, sem que o mesmo nem se desse conta disso. Adriana, a mulher da sua vida teve um filho dele, e durante muito tempo o fez ficar longe dele com todas as suas omissões e mentiras, mas Matias estava farto disso, e queria o seu filho onde o mesmo deveria estar, ao seu lado, como o seu pai sempre esteve do seu. Só de observar o Matias com o Matheus, Gonçalo sentia que eles deveriam ficar juntos, assim como ele sempre intuiu que um dia o seu filho e a Adriana acabariam se acertando um dia.
- Ele é um Chico muy Guapó e se parece muito com usted, hijo - Diz Gonçalo todo emocionado - Ele tem os olhos da Adriana, só que o olhar que este meu neto tem me lembra bastante o da sua falecida mãe, que Deus a tenha.
- Obrigado papai - Diz Matias mais do que encantado com o pequeno bebê em seus braços fortes e seguros - Nem sei por qual milagre a Adri me deixou ficar com ele, mas apesar disso, estou feliz de estar com ele aqui na nossa casa.
- Sabe, eu estou feliz pelo meu neto, e tudo mais, só que, bem, não é que eu queira estar sendo inconveniente justo com você filho, mas - O mais velho engole em seco - Só que, mais feliz, eu vou ficar, quando a Adriana e você finalmente criarem juízo e se acertarem logo de uma vez, Matias.
- Isso não depende só de mim papai, mas sim, dela também - Suspira - O fato papai, é que eu não mereço a Adriana, e bem na verdade, nunca a mereci.
- Pare de dizer isso, mesmo porquê, você não é um Monterrubio a toa - Diz Gonçalo com orgulho - E tem mais, vocês se amam de verdade, e dá para ver isso, toda vez que vocês estão juntos e se olham. Parece até que nada e mais ninguém existem ao redor, quando vocês estão juntos, meu filho. Vocês se amam, e não se pode fugir do amor e do destino, acredite, eu mesmo já tentei fazer isso, e dei com os burros n'Água. Filho, lute pela Adriana. Lute pelo amor dela, que vale muito a pena.
- Vou pensar nisso - O bebê não demora a adormecer nos seus braços - Juro que vou pensar nisso, papai. Mas não agora. E não, neste momento, mesmo porquê, não tô com cabeça pra isso.
- Só pensar não resolve nada, você precisa agir, e rápido - Ele mora o mais novo bem nos olhos dele - E você precisa fazer isso, antes que você acabe perdendo a Adriana mais uma vez. E dessa vez para sempre.
- Eu não posso perder a Adriana para sempre, papai - Diz ele, por fim, atônito, e meio abalado - E só de pensar nisso, eu passo muito mal. Muito mal mesmo, papai. Eu amo a Adri. Amo - a como jamais amei ninguém. A amo com todos os meus sentimentos, e falo até mesmo, dos mais complexos e complicados, pai.
- Ama mesmo, Matias?
- Com toda a minha alma - Nisso, ele engole em seco - Eu a amo com toda a minha alma e com o coração.
- Pois não parece filho.
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Ao saborear o seu vinho favorito, um suave rosé, ao som de uma bela música clássica, Adam não parava de pensar um só instante na Adriana e no filho dela, que por um tempo foi seu. Ele invejava o Matias, e muito, pois mesmo sem estar com ele, a Adriana e o filho dela sempre foram dele e não seus. Adam não era um homem mau, ele só queria mesmo, que a Adriana fosse feliz, mesmo que, não fosse ao seu lado. O belo loiro tinha defeitos e qualidades como todos tem, mas a sua maior qualidade sempre foi a generosidade, fora é claro, o seu autruismo, que parecia ser do tamanho do mundo. Enquanto pensava nisso, acabou recebendo uma ligação mais do que inesperada da Europa.
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Do ódio ao amor
FanfictionVolume 3 da série "quando me apaixono" Matias e Adriana se conhecem desde crianças, já que a tia dele, Constança, se casou com o pai dela, quando os dois tinham dez anos de idade, sendo que a sua mãe morreu de câncer, quando ela tinha apenas seis an...