Barcelona - Espanha
Catalina e Rodolfo estavam tentando voltar a ser o que eram, depois de tudo o que aconteceu envolvendo a verdadeira maternidade do Santiago. Só que as coisas estavam sendo muito mais difíceis do que eles imaginavam, principalmente por causa da Isabella, que não queria mais dividir a sua mãe com ninguém, nem mesmo com o seu pai, pelo que Catalina podia ver por si mesma, e em parte a culpa era dela, já que nunca deixou a sua filha ter uma vida como as do demais por ela ser como é, tendo autismo leve.
- Sei que errei, e muito, com você, reconheço os meus erros, Catalina, assim como você também deve reconhecer as suas faltas e falhas para comigo e o nosso casamento - Ele passa as mãos pelos próprios cabelos, bastante nervoso - Eu te amo, mas muitas vezes chego a pensar que você não sente o mesmo por mim.
- Não seja bobo, eu te amo Rodolfo.
- Pois não parece, você vive para a Isabella, até os nossos outros filhos você deixou de lado quando ela nasceu. Sei que o Santiago não é o seu filho biológico, mas até mesmo quando você não sabia da verdade, bem... Você já o tratava com indiferença e desprezo.
- A Isa, ela precisa de mim...
- Não seria o contrário?
- Como assim?
- Por acaso não seria você quem precisa dela, Catalina? Você trata a Isabella como se ela ainda fosse uma menina, sendo que, ela já é uma mulher feita.
- Não me peça para escolher entre você e ela - Engole em seco - Porque eu sempre vou escolher ela, quanto ao Santiago, não pense que eu não gosto dele, afinal por mais de trinta anos, ele foi o meu filho mais velho, o nosso primogênito - Ela suspira - Eu gosto dele, só que algo dentro de mim nunca o aceitou como meu filho, o rejeitando, como se bem no fundo lá no fundo, eu já soubesse da verdade, ou só menos desconfiasse dela, Rodolfo.
- Não quero que escolha entre qualquer um dos nossos filhos e eu. Não foi isso que eu te pedi. Mesmo porquê, jamais me passaria pela cabeça te pedir algo assim, te conhecendo tão bem quanto eu te conheço Catalina.
- Então o que você quer, afinal?
- Que você trate a Isabella como uma mulher, e não como uma criança, ou melhor dizendo, como um bebê - Ele a mira bem nos olhos - Quero que a ensine a ser mais independente, ela não terá você e eu para sempre, e quando partirmos dessa para a melhor, ela não vai saber se virar sozinha, e você melhor do que ninguém, sabe disso.
- Mas ela é o meu bebê. O nosso bebê, Rodolfo.
- Não, ela não é mais o seu bebê faz muito tempo - Diz ele - Ela tem autismo leve, mas isso não faz dela uma pessoa incapaz de viver a própria vida. Ela poderia fazer isso, mas você não deixa, e sabe o porquê? Porquê você passou tanto tempo cuidando da nossa filha, que ficou dependente emocional dela.
- Isso não faz o menor sentido.
- Será que não? Já fazem quantos anos que não dormimos na mesma cama?
- Não sei, uns dezoito anos.
- Quase dezenove, e tudo isso porque você mima demais a Isabella e a trata como o bebê que ela já não é mais, e só você não enxerga isso.
- Eu acho que preciso de ajuda profissional, nós todos precisamos, principalmente a nossa filha.
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Cidade do México - México
Regina e Roberto estavam cada vez mais felizes, principalmente depois que ambos tiveram mais um filho, o pequeno Renan Roberto. Só que mesmo estando muito feliz, Roberto não deixava de se preocupar com ambas as suas filhas, e com o seu afilhado. Do mesmo modo que Regina também não parava de se preocupar com todos os seus filhos, em especial com o Matias, que estava numa situação bem delicada, e isso para não dizer o mínimo dela, bem na realidade dos fatos.
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Do ódio ao amor
FanfictionVolume 3 da série "quando me apaixono" Matias e Adriana se conhecem desde crianças, já que a tia dele, Constança, se casou com o pai dela, quando os dois tinham dez anos de idade, sendo que a sua mãe morreu de câncer, quando ela tinha apenas seis an...